O Secretário Estadual de Educação do Rio de Janeiro, Pedro Fernandes, reuniu-se, na tarde desta quinta-feira (21), com membros do Ministério Público, Defensoria Pública, Conselho Tutelar, Polícia Civil, Polícia Militar e Secretaria de Estado de Saúde para debater ações que visem a impedir ameaças e episódios de violência como o que aconteceu em uma escola municipal de Marechal Hermes. Nessa semana, além do episódio da escola de Marechal Hermes, a polícia civil desarticulou dois ataques que iriam ocorrer em dois colégios estaduais no Rio de Janeiro.
Pedro Fernandes propôs durante a reunião a criação de um protocolo de atuação imediata, quando constatado qualquer ato infracional ou ameaça à integridade da comunidade escolar.
Na reunião, ficou acordado que o diretor da unidade deverá suspender o aluno e entrar em contato imediato com a Polícia Militar e o Conselho Tutelar. Assim, a Polícia Militar cuidará da segurança da escola, e o Conselho Tutelar ajudará no auxílio ao aluno durante o afastamento.
A Seeduc se comprometeu em formar uma equipe multidisciplinar, em parceria com a Secretaria de Saúde e a Secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos, para realizar o acompanhamento assistencial e o suporte psicológico ao aluno e à família.
O Secretário de Educação também determinou o retorno do Proeis (Programa Estadual de Integração de Segurança), onde policiais militares fazem a segurança dos colégios estaduais. Nesse primeiro momento, 20 escolas do estado receberão esse reforço e a proposta é que, até o fim do ano, 40 escolas tenham policiais fazendo a segurança.
"Inicialmente, a gente pretende avançar nas 20 escolas que recebemos essa demanda de situações mais graves, e pretendemos chegar até o fim do ano com o número de 40 escolas. Algumas escolas merecem atenção maior, até para causar sensação de segurança aos pais", disse o secretário Pedro Fernandes a uma emissora de rádio.
O Portal Eu Rio conversou com Adriana da Silveira, Presidente da Associação dos Familiares e Amigos Anjos de Realengo, sobre a proposta do secretário de afastar alunos que apresentem problemas em escolas.
"Essas crianças devem ser realmente identificadas, tratadas e acolhidas, mas não ser afastadas da escola e sim tratadas. Quando você afasta essas crianças da escola, você pode estar fazendo um mal muito maior. No momento, eu acredito que, enquanto se pode, devemos tratá-los", disse Adriana que é mãe de uma das vítimas da Escola Tasso da Silveira.