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Sociedade de Imunizações critica pesquisa do CFM questionando obrigatoriedade de vacina contra Covid-19

Doença matou 135 crianças até cinco anos, entre 5.310 casos de síndrome respiratória aguda grave ano passado

Por Portal Eu, Rio! em 15/01/2024 às 07:43:59

No final do ano passado, Ministério da Saúde incluiu crianças até cinco anos no calendário anual de vacinação contra Covid-19. Foto: Agência Brasil

A Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) criticou uma pesquisa conduzida pelo Conselho Federal de Medicina, que busca saber a opinião dos médicos sobre a obrigatoriedade da vacinar crianças entre seis meses e 5 anos de idade contra a covid-19. O Conselho afirma que a intenção da pesquisa é "entender a percepção dos médicos brasileiros" sobre a questão, sendo "fundamental para enriquecer a análise e contribuir para a tomada de decisões futuras".

A SBIm, em contrapartida, afirma que a pesquisa equipara as crenças pessoais dos médicos à Ciência, o que pode gerar insegurança na comunidade médica e afastar a população das salas de vacinação. O que não traria nenhum benefício para a sociedade.

A entidade de imunização lembra que a covid-19 foi responsável por 5.310 casos de síndrome respiratória aguda grave e 135 mortes entre crianças menores de 5 anos no Brasil apenas em 2023, de acordo com o boletim do Ministério da Saúde que traz dados até o mês de novembro.

Desde o início da pandemia, foram 2.103 casos de Síndrome Inflamatória Multissistêmica Pediátrica, que é uma manifestação tardia da covid-19, com 142 mortes.

Portanto, a SBIm ressalta que a vacinação contra a covid-19 é uma estratégia comprovadamente eficaz e segura para a prevenção da doença, que é potencialmente fatal também entre crianças.

Após a divulgação do posicionamento da Sociedade de Imunizações contrário à pesquisa, o Conselho Federal de Medicina divulgou uma nota, nesta sexta-feira (12), em que enumera oito pontos em defesa do levantamento da opinião da classe médica.

Entre eles está a defesa de ampliação do debate a respeito do tema, já que a bula da vacina recomenda a prescrição médica. E que o Conselho tem sido incitado a se posicionar a respeito da obrigatoriedade, já tendo pedido a posição das Câmaras Técnicas de Pediatria, de Infectologia e de Bioética da própria entidade.




Por Portal Eu, Rio!

Fonte: Agência Brasil e RadioAgência Nacional

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