No cenário pós-pandemia, a preferência pelo trabalho presencial ressurge como uma tendência marcante, apontando para mudanças significativas no ambiente corporativo. Um estudo conduzido pela Catho revela que 61% das empresas planejam adotar um regime de trabalho 100% presencial em 2024, sinalizando uma volta ao modelo tradicional. Contudo, a advogada especialista em Direito Trabalhista e Previdenciário, Antonia Ximenes, destaca a importância de as empresas se adaptarem a essa nova realidade.
"A abordagem do teletrabalho, que se estabeleceu por conta da pandemia, foi bem aceita por grande parte dos trabalhadores. Mudar essa realidade demandará um certo esforço das corporações, principalmente visando a qualidade de vida dos seus componentes", ressalta Ximenes. Com base nos dados da pesquisa, ela alerta para a necessidade de desenvolver processos adaptativos que considerem as expectativas dos colaboradores. O modelo híbrido e flexível, que integra o presencial e o remoto, pode ser a chave para atrair talentos e promover a satisfação dos funcionários.
O levantamento também revela mudanças significativas nos processos de recrutamento. Para o ano de 2024, 48,29% dos profissionais de Recursos Humanos indicam que apenas as etapas iniciais dos processos de seleção serão realizadas remotamente. Além disso, 17,47% preveem que todo o processo de recrutamento ocorrerá online, marcando uma transformação nas práticas tradicionais.
A advogada ainda enfatiza que as empresas precisam adotar uma abordagem mais flexível e tecnológica, alinhada às novas expectativas dos profissionais. "A retomada presencial não deve significar um retorno integral às práticas pré-pandemia. As organizações precisam ser ágeis e inovadoras, considerando as lições aprendidas durante o período de trabalho remoto", afirma a especialista.
Diante desse cenário de mudanças, fica evidente que as corporações que souberem equilibrar as demandas presenciais com as expectativas dos colaboradores terão uma vantagem competitiva na atração e retenção de talentos. A adaptabilidade torna-se, assim, uma habilidade essencial para as organizações que buscam prosperar nessa nova era pós-pandemia.