Lula chega ao Cairo; cessar fogo na Faixa de Gaza estará em pauta

O presidente Lula chegou ao Egito na madrugada desta quarta-feira (14), por volta de 5h, nessa que é a primeira viagem internacional dele deste ano de 2024. Lula chega ao Cairo em meio às discussões sobre um cessar fogo, sobre a paz na Faixa de Gaza. E esse vai ser um dos temas da viagem.

Nessa terça-feira (13), o Itamaraty divulgou um comunicado dizendo que vê com preocupação o anúncio das autoridades israelenses de uma nova operação militar terrestre em Gaza, na região de Rafah, justamente fronteira com o Egito. O que, segundo o Itamaraty, vai ter graves consequências, novas vítimas civis e o deslocamento forçado de milhares de palestinos. Nesse mesmo comunicado, o governo brasileiro falou em cessar as hostilidades e a libertação dos reféns e na necessidade de solução do conflito.

Ouça no Podcast do Eu, Rio! a reportagem de Priscila Mazenotti, da Rádio Nacional, sobre a chegada de Lula ao Cairo e a agenda diplomática e comercial dessa primeira viagem do ano ao exterior.

Então, esse deverá ser o principal assunto que Lula terá com o presidente egípcio Abdel Fatah Al-Sisi. O presidente embarcou ontem, pouco depois das duas da tarde. Fez uma escala em Cabo Verde e chegou ao Cairo. Compromissos oficiais, só a partir de quinta-feira (15), quando está prevista a assinatura de atos bilaterais, inclusive um na área de bioenergia, declaração à imprensa. Mas Lula vai também visitar a sede da Liga dos Estados Árabes, deve ter algum discurso por lá.

Em seguida vai para a Etiópia participar da Cúpula dos Chefes de Estado e de Governo da União Africana e mais reuniões bilaterais.

O detalhe é que essa é a segunda vez que o presidente visita o Egito. A primeira, foi há 20 anos, em 2003.

Contexto

Algumas informações econômicas, o Egito é hoje o segundo maior parceiro comercial do Brasil na África. Só no ano passado foram quase R$ 3 bilhões de comércio entre os dois países. Tem também a discussão sobre uma rota aérea entre São Paulo e o Cairo e ampliação do comércio, como também a instalação de abatedouros e frigoríficos, pelo governo egípcio, no Brasil para exportação de carne bovina.

Combate à fome e questões ambientais também vão fazer parte das discussões.