Fábricas de açaí dobram produção para atender demanda do verão carioca

Para combater os dias quentes, os cariocas contam com um atrativo a mais: o açaí. A iguaria, que veio da Região Norte do Brasil, conquistou o paladar e o coração do público. Neste verão, os fabricantes do produto tiveram de dobrar a produção para atender a demanda dos consumidores.

De acordo com o empresário Fabio Vaz, a estação é boa para quem consome e melhor ainda para aqueles que comercializam a deliciosa polpa, já que nos três meses mais quentes do ano, a produção aumenta. “Açaí é uma unanimidade e vende o ano inteiro. Mas, nesse verão, é incontestável o grande aumento do consumo. Para ter uma ideia, a expectativa este ano seria dobrar o que se vendeu no verão passado. Ou seja, estimamos algo em torno de duas mil caixas ao dia, o que significa 60 mil caixas por mês”, explica.

O ‘Rei do Açaí’, como também é conhecido, nunca imaginou que, em 2007, ao perder o emprego de supervisor de vendas em uma multinacional, onde desfrutava de um bom salário e muitos benefícios, teria sua vida completamente transformada. Tudo aconteceu ao alugar uma ‘barraca’ em uma galeria do Mercadão e investir sua única reserva (R$ 500), em um produto que estava virando ‘febre’ e começava a dominar o mercado.

De executivo, ele passou a camelô e, em 2009, já era um sucesso em vendas. "Naquela ocasião, eu poderia estar desmotivado, triste, mas, ao contrário de muitas pessoas, não esmoreci. Pelo contrário, ao lado de minha esposa, me dediquei e busquei forças em minhas experiências comerciais para avançar”, diz ele, que inovou e desenvolveu ‘copos saborosos’, novas receitas e sabores, sendo o primeiro a vender açaí com chantilly, por exemplo. “Meu produto era tão diferenciado que formavam filas para comprar”, conta, ressaltando que sua empresa gera dezenas de empregos diretos e centenas de empreendedores fazem fila para comprar o produto em suas fábricas.

Hoje, passados exatos 15 anos, já são duas fábricas e uma terceira sendo estruturada. De acordo com Vaz, a ideia é ter seis fábricas até 2030. Todas com uma produção robusta, maquinários de última geração e larga capacidade de fabricação.