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Centro Cultural Justiça Federal debate como promover uma sociedade mais igualitária e justa no Brasil

VII Encontro Mulher, Poder e Democracia integra a programação do CCJF

Por Portal Eu, Rio! em 29/02/2024 às 15:27:51

Centro Cultural da Justiça Federal. Foto: Reprodução

No próximo mês, o Centro Cultural Justiça Federal (CCJF) celebra as conquistas femininas ao longo das últimas décadas, e os desafios que ainda precisam ser transpostos para que o Brasil alcance a equidade de gênero — inclusive em cargos de liderança. O tema Igualdade de Gênero está entre os “17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU)”, e foi absorvido pelo Supremo Tribunal Federal (STF) como parte do planejamento do órgão para avançar na governança institucional, tornando-a mais democrática e humanitária. Apesar dos avanços recentes no sentido de ampliar a presença feminina na economia, na política e no judiciário, por exemplo, ainda há um longo caminho a percorrer. Com o objetivo de trazer essa discussão à tona, o CCJF aproveita as comemorações do Dia Internacional da Mulher, para realizar, durante todo o mês de março, uma programação especial totalmente dedicada a elas. A abertura da programação acontece na próxima terça-feira (05), às 16h30, marcando o início do VII Encontro Mulher, Poder e Democracia. “Desde 2017, a ideia da iniciativa é trazer para o foco do debate as conquistas femininas, mostrando que, mesmo com toda a dificuldade imposta por uma sociedade com sólidas raízes em um modelo patriarcal e escravocrata, as mulheres vêm progressivamente conquistando seu espaço de forma potente”, ressalta Elaine Pauvolid, diretora da Divisão de Cultura do CCJF.

O evento, que acontece na Sala de Sessões do CCJF, antiga sede do STF, contará com duas mesas de debates: “Paridade de gênero em funções de poder” — assunto que esteve em evidência em 2023 com a possibilidade de magistradas assumirem vagas disponíveis no STF e no Superior Tribunal de Justiça (STJ) —, e “As conquistas da mulher transgênero”. A primeira mesa destaca a importância da implementação de sistemas que promovam a inclusão das mulheres em funções de poder, envolvendo, inclusive, a criação de políticas e práticas que garantam a representação equitativa de gênero em todas as esferas da sociedade. Já a segunda mesa joga luz sobre as conquistas e obstáculos enfrentados diariamente por pessoas transexuais, e discute alternativas para a redução do preconceito e a falta de informação sobre a comunidade LGBTQIA+, principalmente com relação à mulher transgênero, considerando que o Brasil é um dos países mais transfóbicos do mundo.

Participam das mesas de conversas: Simone Schreiber, desembargadora federal do Tribunal Regional Federal da 2ª Região e diretora-geral do CCJF, Ana Paula Sciammarella, professora do Núcleo de Prática Jurídica e assessora da Vice-Reitoria da UNIRIO, Daniele Magalhães, defensora pública e coordenadora de Promoção da Equidade Racial da Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro (Coopera), Deise Benedito (participação remota), assessora da área de Direitos Humanos, Segurança Pública e Relações Raciais da Câmara Federal (PSOL). A segunda mesa contará com as participações de Sara York, travesti, jornalista e especialista em Gênero e Sexualidades (VERI), Paula Maracajá, curadora de projetos de coletivos de mulheres cis e trans que desenvolve estratégias de afirmação da cultura de direitos e ciências populares e Diana Conrado, advogada, assessora parlamentar da deputada Dani Balbi na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) e membro das comissões de Direitos Humanos, Diversidade sexual e Gênero da OAB.

Durante a abertura, será exibido o curta-metragem potiguar “Jennifer” (duração 18 min), dirigido por Matheus Mendes, que retrata a rotina de Jennifer Rocha, primeira líder transexual do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) no Rio Grande do Norte. Logo após a apresentação, será possível debater a respeito do tema do filme e do sério problema social da discriminação e violência contra a população LGBTQIA+. “Precisamos urgentemente buscar caminhos que contribuam para a redução da transfobia e da desigualdade de gênero”, ressalta Dra. Simone Schreiber, diretora-geral do Centro Cultural Justiça Federal.

Ainda dentro da programação do encontro, na próxima quarta-feira (06), haverá a exibição do filme “Incompatível com a vida”, da diretora e atriz Eliza Capai, vencedor da mostra competitiva do Festival “É Tudo Verdade 2023”. O longa-metragem documental brasileiro, que foi inspirado na própria dor da autora sobre o diagnóstico pré-natal de malformação fetal durante sua gravidez, aborda questões universais como vida, morte, luto e políticas públicas que afetam as mulheres. O filme será seguido de debate com Eliza Capai, além de Luciana Boiteux, pesquisadora, advogada e vereadora da Câmara dos Deputados do Rio de Janeiro, Mariana Genescá, sócia-fundadora da produtora tva2.doc e Mariane Marçal, sanitarista e representante da ONG Criola no Comitê de Mortalidade Materna do RJ.

Além da abertura e das exibições audiovisuais, o CCJF contará com uma programação artística durante todo o mês. A intenção é estimular a troca de ideias, reflexão e aprendizado do público, contribuindo para a construção de uma sociedade mais igualitária e justa para todas as pessoas. Estão previstos ainda o III Seminário Feminista Sobre o Encarceramento da Elas Existem, a Mostra Mulheres da Palavra — Ana, Cora e Carolina, a Mostra Helena Ignez, e o cine debate A Honra Perdida de Katharina Blum, baseado na obra homônima de ficção do Nobel alemão Heinrich Böll. Também será exibida uma seleção de curtas-metragens com temática do universo feminino, o Curta Feminino – As mulheres e as interdições ao direito à educação, e o curta-metragem Marie, de Leo Tabosa, seguido de conversa com o diretor via videoconferência. Haverá ainda uma roda de conversa sobre a vida e a importância de Carolina Machado de Assis, ex-esposa de Machado de Assis, as apresentações musicais do Coro Lírico Feminino da ACC — O sentimento da mulher na ópera, na música sacra e nas canções, o show La Serrana, da cantora espanhola Karmento, e a série Violões da Av-Rio que recebe a violinista grega, Ioanna Kazaglou. E mais: a atração musical Duo Sabiá, formado pela soprano Kássia Lima e pela pianista Juliana Coelho, além da exposição Aleitamento, da artista Adriana Granado.

Os eventos foram selecionados por meio do Regulamento de Ocupação 2024 do CCJF ou escolhidos dentro da curadoria institucional. A maioria deles são gratuitos ou com ingressos a preços populares. Veja a programação completa e mais informações no site do CCJF: https://www10.trf2.jus.br/ccjf/

SERVIÇO

VII Encontro Mulher, Poder e Democracia.

Data: 23 de fevereiro a 23 de março

Horários, locais e valores: conforme a programação disponível no site do CCJF

Centro Cultural Justiça Federal • CCJF

Avenida Rio Branco, 241 – Centro • Rio de Janeiro

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