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Casa da Mulher Carioca inaugura novas unidades

Espaços oferecem cursos gratuitos de capacitação, atendimento psicológico e orientação jurídica

Por Portal Eu, Rio! em 08/03/2024 às 09:00:00

A unidade agora terá capacidade de atender mais de 15 mil mulheres por mês. Foto: Rafael Catarcione/Prefeitura do Rio

Na semana que é dedicada a homenagear e reverenciar as conquistas e lutas das mulheres, o prefeito Eduardo Paes e a secretária de Políticas e Promoção da Mulher, Joyce Trindade, participaram, na última quinta-feira (07), da entrega das novas instalações da Casa da Mulher Carioca Dinah Coutinho, em Realengo. No espaço são oferecidos cursos gratuitos de capacitação, além de atendimento psicológico e orientação jurídica para as mulheres em situação de violência. Nesta sexta-feira (08), Dia Internacional da Mulher, também foi inaugurada a Casa da Mulher Carioca, em Campo Grande, também na Zona Oeste.

– Não à toa estamos aqui fazendo a inauguração desse espaço. Sabemos que a luta das mulheres para ocupar um lugar na sociedade machista, que sempre deu mais espaço para o homem, já gerou muitos resultados. A nova geração já é um exemplo disso. Quando criamos um lugar como esse, mostramos que não importa a idade e nem a condição social. Mas sim que tem um espaço para ser ocupado pela mulher na sociedade. Sei que aqui temos um foco muito voltado para formação profissional, preparar para o mercado de trabalho e estimular o empreendedorismo, mas sabemos também que, com essas iniciativas, nós estamos permitindo que essa rede de proteção entre as mulheres se consolide ainda mais – afirmou o prefeito Eduardo Paes.

Durante a reinauguração do espaço, localizado na Rua Limites, em Realengo, as mulheres tiveram acesso a uma série de serviços gratuitos oferecidos pela Casa da Mulher, como oficinas de culinária, design de sobrancelhas, trança, manicure, informática e curso de massoterapia.

– O território da Zona Oeste é muito complexo, com muitos casos de violência doméstica. Então, ter uma Casa da Mulher aqui é reforçar o nosso compromisso com a vida. Nesta casa teremos a capacidade atender mais de 15 mil mulheres por mês, com psicólogas, advogadas e assistentes sociais, para poder fazer o acompanhamento e o acolhimento de todas elas. Temos ainda um espaço kids e outras ações para que toda mulher, a partir de 14 anos até a idade que quiser, possa ter a chance de recomeçar a sua história – destacou a secretária da Mulher, Joyce Trindade.

Desde 2021, mais de 372 mil mulheres já foram atendidas nas Casas da Mulher Carioca

A Casa da Mulher Carioca Dinah Coutinho foi a primeira na Zona Oeste e ganhou esse nome em homenagem à técnica de enfermagem com atuação relevante na região no enfrentamento à violência contra a mulher. A Secretaria de Políticas e Promoção da Mulher possui ainda outras duas Casas: Tia Doca, em Madureira, na Zona Norte; e Elza Soares, em Padre Miguel, também na Zona Oeste. Mais duas Casas serão inauguradas: na sexta-feira (08/03), no Dia Internacional da Mulher, uma em Campo Grande, na Zona Oeste. E, no sábado (09/03), em Coelho Neto, na Zona Norte, totalizando cinco Casas da Mulher Carioca. Desde 2021, mais de 372 mil mulheres já foram atendidas nas unidades.

– Ver a expansão dessa Casa da Mulher Carioca é um marco para a região. A minha própria filha, há um tempo, fez um curso de design de sobrancelha aqui. Ela parou de fazer o mestrado em Ciências Biológicas e hoje está ganhando dinheiro com o salão dela – disse o subprefeito da Grande Bangu, Robson do Chocolate.

As Casas da Mulher Carioca são espaços de promoção e de enfrentamento à violência contra a mulher, além de realizarem encaminhamentos para outros serviços da Prefeitura do Rio. Em cada Casa funciona um Núcleo Especializado de Atendimento à Mulher (Neam) em situação de violência. Cada uma delas atende, em média, a 6,5 mil mulheres por mês. Somente em 2023, mais de 62 mil mulheres foram capacitadas para o mercado de trabalho através das Casas.

Moradoras da Zona Oeste elogiam o novo espaço

Vítima de violência doméstica, Leidiane Firmino, de 35 anos, foi acolhida na Casa da Mulher Carioca Dinah Coutinho há um ano. Conta que foi muito bem recebida pelas profissionais e que sua vida se transformou de lá para cá.

– Quando eu vim para a Casa da Mulher estava passando por um processo de separação, em que sofri violência doméstica. Eu não sabia o que fazer, como começar e para onde ir. Uma amiga me indicou a Casa da Mulher, onde fui muito bem acolhida e abraçada. A partir daí, as coisas começaram a acontecer, fui encaminhada para o Neam, recebi orientações sobre como proceder com o divórcio e todo o processo de separação. Além disso, elas tiveram cuidado em me receber, com apoio de psicóloga e de toda a diretoria. Elas nos abraçam de uma maneira tão gostosa, que a gente se sente segura de falar, não tem mais aquele medo que a gente tinha antes. Hoje, posso dizer que sou uma nova pessoa.

Já Márcia Coelho do Nascimento, de 37 anos, se diz satisfeita com os cursos oferecidos pela Casa da Mulher. Moradora de Padre Miguel, ela está finalizando Design de Sobrancelhas e, logo em seguida, pretende fazer o curso de maquiagem, com o objetivo de abrir o próprio salão.

– Eu tenho um sonho de abrir o meu próprio negócio e ser uma microempresária. Devido à pandemia de Covid 19 e o consequente desemprego, tentei outras formas de trabalho e não consegui. Então, resolvi fazer esse curso para ter uma independência financeira e seguir em frente na batalha – frisou Márcia.

Endereço das Casas

Casa da Mulher Carioca Dinah Coutinho: Rua Limites, 1.260 – Realengo

Casa da Mulher Carioca Tia Doca: Rua Júlio Fragoso, 47 – Madureira

Casa da Mulher Carioca Elza Soares: Av. Marechal Falcão da Frota, s/nº – Padre Miguel

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