Seja por falta de informação ou pela omissão dos estabelecimentos comerciais, muitos consumidores não sabem que alguns medicamentos podem ser comprados com descontos. O benefício ainda é possível de ser adquirido por meio de diferentes formas. Para isso, existem vantagens oferecidas pelas redes farmacêuticas, além de cadastros nos laboratórios e programas sociais do governo.
Para se ter uma ideia, os valores podem sofrer abatimentos de até 65%. Isso porque, grande parte dos laboratórios oferecem a possibilidade de comprar o seu remédio por um preço mais acessível. Nestes casos, por exemplo, são disponibilizados inúmeros planos de fidelidade. Entre os principais estão o Abrace a Vida da Abbott, o Bayer para Você da Bayer, o Cuidados pela Vida da Aché, o Derma Club da L’Oréal, o Produto em PBM da Infopharma, o Mais Pfizer da Pfizer, o Merck Cuida da Merck, entre outros.
Os programas de descontos fazem parte do plano de fidelização e, hoje em dia, se tornaram um dos principais focos dos laboratórios. Por tal motivo, várias empresas utilizam esta estratégia de vendas. Principalmente, para conquistar aqueles consumidores que fazem o uso de medicamentos por tempo prolongado.
Desse modo, quem deseja participar dos valores promocionais pode procurar no site oficial de algumas dessas indústrias ou ligar para a central de relacionamento. Nestes canais de comunicação, os pacientes conseguem se informar sobre os produtos que estão relacionados nos programas. Contudo, é necessário destacar que o abatimento varia de acordo com cada produtor.
A farmacêutica Mariana Sarmento reforça que os grandes laboratórios oferecem descontos sobre alguns medicamentos. De acordo com ela, os mais comuns são realmente aqueles de uso contínuo e utilizados no tratamento de doenças crônicas e que são bastante caros. Entretanto, Mariana relembra que, por questões éticas, a propaganda dos abatimentos é proibida.
"A Anvisa é o órgão que regula o setor. A entidade proíbe qualquer tipo de publicidade, mesmo que indiretamente, de produtos sujeitos a prescrição médica seguindo as diretrizes da Lei 9294/96. Por isso, não é muito divulgado. Então, na prática, cabe ao paciente pesquisar se aquele medicamento prescrito entra no programa de descontos", afirma a profissional.
Mariana ainda orienta que os pacientes procurem um médico ou liguem para o SAC dos laboratórios para maiores informações e realização do cadastro, bem como, para saber quais são as farmácias credenciadas. A pesquisa é primordial porque ocorrem alterações no valor do desconto ou, até mesmo, a retirada de produtos dos programas.
"Os programas variam muito de farmácia pra farmácia. Nem todas são cadastradas. Às vezes, elas também são excluídas dos sistemas. Além disso, não é um processo muito simples. Por tal motivo, só dá pra saber quando o cliente solicita", explicou.
Ministério da Saúde
Vale ressaltar que o Governo Federal disponibiliza aos brasileiros, de maneira gratuita, diversos medicamentos. Pelo Sistema Único de Saúde (SUS), os pacientes que necessitam de remédios para o tratamento de patologias como hipertensão, glaucoma, rinite e diabetes, entre outras, conseguem ter acesso aos remédios nos centros de saúde de cada cidade.
Sendo assim, verifique a relação os fármacos distribuídos e encontre o que foi prescrito. Neste sistema, as medicações são classificadas por grupos: Grupo 1, Grupo 2 e Grupo 3. Também é importante ter o Cartão Nacional de Saúde (CNS).
O documento é adquirido depois da realização de um pré-cadastro que gera um protocolo de atendimento no Portal Saúde do Cidadão. No site, é possível consultar o cadastro, imprimir o cartão e verificar o Registro de Ações e Serviços de Saúde. Entretanto, mesmo sem o cartão, o Ministério da Saúde garante que os clientes possam conseguir aos remédios. Para tal, compareça até a farmácia do Centro de Saúde mais próximo com o CNS, um documento de identificação e uma receita médica.