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Planetário do Rio se prepara para o ‘Grande Eclipse’ na segunda-feira

O evento garante aos cariocas uma chance de assistir ao fenômeno que será visível em sua totalidade aos moradores dos Estados Unidos, México e Canadá

Por Portal Eu, Rio! em 06/04/2024 às 08:00:00

O Planetário do Rio. Foto: Divulgação / Prefeitura do Rio

O Planetário do Rio preparou uma programação especial para quem quiser acompanhar o eclipse do Sol previsto para a tarde de segunda-feira (08/04). Como a visualização total ou parcial do fenômeno só será possível aos moradores de países do Hemisfério Norte, o Museu do Universo, na Gávea, fará a projeção de imagens do eclipse solar na cúpula Carl Sagan. Haverá ainda sessão especial explicando como funcionam os eclipses, que despertam o fascínio da humanidade desde as civilizações antigas. O público carioca que curte Astronomia e não quiser ficar de fora desta observação não precisará pagar nada para entrar no planetário na segunda, no horário das 14h às 17h.

O evento garante aos cariocas uma chance de assistir ao fenômeno que será visível em sua totalidade aos moradores dos Estados Unidos, México e Canadá. De acordo com o diretor de Astronomia do Planetário do Rio, Leandro Guedes, ele será ainda visto como eclipse parcial em parte da Europa e da Oceania. Na América do Sul, apenas moradores da Colômbia conseguirão ver alguma coisa de diferente no céu.

– Nesse dia 8 de abril teremos um eclipse total do Sol, que está sendo chamado, com muita justiça, de “O Grande Eclipse Norte-Americano”, pois vai cobrir praticamente todos os Estados Unidos e ainda grande parte do México e do Canadá. A duração do eclipse será de cerca de quatro minutos e meio. Ou seja, esse eclipse será visto por uma grande área do planeta e ainda terá uma excelente duração, pois o máximo que um eclipse solar pode durar é cerca de sete minutos e meio – explica Guedes.

De acordo com o astrônomo, a expressão “O Grande Eclipse” foi utilizada no eclipse de 2017, que teve uma duração mais curta, mas se projetou por uma área ainda maior, passando, inclusive, pelo Brasil. O diretor de Astronomia lembra que ainda este ano, em 2 de outubro, haverá um outro eclipse solar, anular. E será visto como um eclipse parcial aqui do Rio de Janeiro, com uma pequena parte do Sol coberta pela Lua no fim do dia.

A exemplo de quem estiver no Planetário do Rio, todos poderão acompanhar o eclipse solar total no canal da Nasa no Youtube. A previsão para o início do eclipse será às 15h07 (horário de Brasília), na costa do Pacífico do México.

Em Astronomia, é dito que acontece um eclipse quando um objeto é obscurecido por outro. Isso pode acontecer quando um objeto passa pela sombra de outro, ou quando dois astros com o mesmo tamanho aparente ficam alinhados. Fisicamente, o Sol é muito maior do que a Lua. O Sol tem aproximadamente 1.400.000 km de diâmetro, enquanto a Lua tem cerca de 3.500 km – um pouco mais do que 1/4 do diâmetro de nosso planeta. Mas, vistos daqui da Terra, como a Lua está muito mais próxima de nós que o Sol, os dois parecem ter o mesmo tamanho. Ou seja, possuem o mesmo tamanho aparente.

– Quando a Lua passa na frente do Sol, visto da Terra, temos um eclipse solar. A Lua pode cobrir apenas uma parte do Sol, o que chamamos de eclipse parcial; pode ficar na frente dele, de modo que vemos um lindo anel brilhante do céu, quando temos um eclipse anular; ou pode encobrir totalmente o Sol, quando temos um eclipse solar total. Há ainda um tipo de eclipse bastante raro, chamado eclipse híbrido, quando ele é total em alguns locais da Terra e anular em outros – afirma Leandro Guedes.

Durante um eclipse total do Sol, o dia escurece. Fica noite mesmo e a natureza se comporta exatamente como se comporta ao anoitecer: a temperatura diminui, venta, mosquitos e outros animais noturnos aparecem e surgem as estrelas. E isso acontece rapidamente, em um dia que estava claro com céu azul.

– Agora, é preciso ficar atento com as fake news. Recebi vídeo dizendo que eclipse é um mau presságio. Nada disso. Eclipse é um fenômeno natural, dos mais belos, e pode ser negativo apenas para os animais noturnos que acordam, e, quatro minutos depois, descobrem que precisam voltar a se recolher porque não anoiteceu, foi alarme falso – finaliza Guedes.

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