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Combate ao racismo religioso

'Infância tem Axé!' celebra ações de combate ao racismo religioso

Crianças e adolescentes farão parte da solenidade na Câmara de Vereadores do RJ


Foto Divulgação

Focar em projetos que pautam as infâncias vivenciadas nas religiões de matriz africana na cidade do Rio de Janeiro é o principal objetivo do evento "Infância tem axé", solenidade que acontece na próxima terça-feira, dia 30/04, às 18h, no Plenário da Câmara de Vereadores da cidade. Com esse foco, a proposta é homenagear com moções os terreiros, projetos sociais, coletivos e lideranças de diferentes regiões do Estado que dialogam com a temática.

"A intolerância religiosa contra as crianças e adolescentes de Axé está presente desde a educação infantil até outros espaços escolares e nos mostra o quanto precisamos aperfeiçoar as práticas de respeito à liberdade religiosa nos ambientes educacionais. O racismo religioso se manifesta de diversas formas na infância e pode trazer muitos impactos negativos e por isso esse evento é um marco importante para celebrar iniciativas que buscam o direito à liberdade religiosa e a visibilidade das religiões de matriz africana desde o começo da vida.", explica a vereadora Thais Ferreira, responsável pela iniciativa inédita no espaço legislativo neste "Abril Verde", mês de campanha dedicada ao combate ao racismo religioso e pela liberdade religiosa.

É importante mencionar que conforme a legislação atual, marcada pela Constituição Federal de 1988, pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), entre outros dispositivos nacionais e internacionais, fica garantida a proteção da criança enquanto sujeito integral, prevendo o direito à liberdade, tanto de crença quanto de culto. Apesar disso, o número de casos de intolerância religiosa no Brasil aumentou 106% em apenas um ano: Passou de 583, em 2021, para 1,2 mil, em 2022, uma média de três por dia, segundo dados do Disque 100.

A Lei 10.639/03 busca trabalhar com a História e a Cultura dos povos Africanos e Afro-Brasileiros, representando uma ferramenta eficaz para enfrentamento e combate aos diversos tipos de racismo - principalmente o racismo religioso - em ambiências escolares, sendo esse atualmente o maior desafio na sociedade.

Nesse contexto, o racismo contra as religiões de matriz afro-brasileira é uma prática histórica, fruto de um projeto sistemático e estrutural brasileiro. Mesmo com a existência de vários dispositivos legais, a defesa da liberdade religiosa ainda é um desafio para os povos de terreiro, que ainda sofrem com ações que promovem o apagamento da cultura, a invisibilização dos saberes e o não reconhecimento da existência.

"No candomblé, assim como em outras religiões de matriz africana, a criança aprende por meio de relações de cooperação e interdependência com os mais antigos da casa. A atenção oferecida às crianças é a garantia de sobrevivência das memórias dessa ancestralidade às próximas gerações, bem como de fortalecimento de uma identidade religiosa.”, destaca a parlamentar.

Serviço:

Abril Verde: "Infância Tem Axé!"

Dia e Horário : 30/04/2024, às 18h

Local: Plenário da CMRJ- Praça Floriano, Centro- RJ

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