A Polícia Civil do Rio pediu mais um mês para concluir as investigações acerca da contaminação do Sistema Imunana-Laranjal, na parte leste da Baía de Guanabara, no Rio de Janeiro. No dia 3 de abril, a Cedae paralisou temporariamente a estação de tratamento de água após identificar a poluição por tolueno nos mananciais do sistema hídrico. Até o momento, as autoridades governamentais, policiais e de proteção ao meio ambiente não conseguiram descobrir o responsável pelo crime ambiental.
A pauta no Sistema Imunana-Laranjal atingiu mais de dois milhões de pessoas nos municípios de Niterói, São Gonçalo, Itaboraí, Maricá e Ilha de Paquetá, no Rio de Janeiro. O tolueno é usado como solvente em tintas, colas, revestimentos, óleos e resinas, além de servir como matéria-prima na produção de benzeno, fenol e outros solventes orgânicos, usados para remoção de manchas, e na fabricação de polímeros e borracha.
Segundo a CEDAE, o sistema opera normalmente, dentro dos padrões estabelecidos pelo Ministério da Saúde. No entanto, associações de pesca dessas regiões denunciam uma grande mortandade de peixes e outras características atípicas das águas dos rios, que podem indicar que a poluição ainda não foi resolvida.