Mais um capítulo relacionado ao caso de denúncias de supostas ilegalidades cometidas pela concessionária Águas do Paraíba em Campos dos Goytacazes, no Norte Fluminense. O conselheiro substituto do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ), Marcelo Verdini Maia, determinou que o prefeito do município, Wladimir Garotinho (PP), se pronuncie no prazo máximo de 15 dias, indicando os motivos da prorrogação de um contrato firmado entre a prefeitura, em gestões anteriores, com a concessionária Águas do Paraíba, por mais 29 anos, sem concorrência pública.
A decisão do TCE-RJ teve como base a denúncia feita pela psicóloga Karoline Barbosa. A especialista desconfiou que algo estava errado na relação entre poder público e terceirizada a partir de relatos feitos por pacientes que vêm enfrentando dificuldades para quitar as dívidas com a empresa de fornecimento de água e saneamento. Karoline contratou um escritório de advocacia, que descobriu indícios de ilegalidades nos contratos firmados entre o município e a empresa Águas do Paraíba, além de constatar que a população de Campos está pagando a tarifa de água mais cara do Brasil, apesar das constantes instabilidades no sistema de fornecimento de água e de moradores em algumas localidades conviverem com esgoto à céu aberto.
Segundo a psicóloga, problemas de saúde dos seus pacientes estão relacionados a questões financeiras desencadeadas por dívidas com a concessionária. Karoline solicitou ao TCE-RJ a suspensão dos aditivos do contrato e a entrega da concessão em 2026, quando vence o contrato, renovado antes do tempo por um prazo de 29 anos a mais. Ela ainda sugere que o poder municipal assuma o serviço ou realize nova licitação.
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