A Sociedade Anônima no Futebol se tornou uma prática comum no futebol brasileiro. Clubes como, Vasco da Gama, Botafogo, Cruzeiro, América Mineiro, Coritiba e Bahia aderiram ao modelo de negócio com o intuito de melhorar a gestão interna e alcançar melhores resultados dentro de campo.
Essa prática se tornou um avanço na gestão e inovação dos clubes que passaram a conquistar novos patrocinadores. Cláudio Klement, advogado especialista em direito desportivo e consultor, explicou o assunto ao Portal Eu, Rio! “No início do século XXI, o futebol brasileiro passava por uma crise financeira, com clubes acumulando dívidas e enfrentando dificuldades para se manterem competitivos. Diante desse cenário, a SAF emergiu como uma alternativa, trazendo consigo a possibilidade de atrair investimentos privados para os respectivos clubes”, fala o especialista.
Mudanças no cenário esportivo
Empreendedor no setor de Startups de Fintechs e Law Techs, onde já atuou como consultor executivo, Cláudio analisou as mudanças no cenário esportivo. “Essas modificações trouxeram novas perspectivas de profissionalização da gestão e de geração de receitas, através da venda de direitos de transmissão, patrocínios e outras fontes de renda. Desde que foi criada pelo Congresso Nacional, em agosto de 2021, a Sociedade Anônima do Futebol (SAF) virou um assunto recorrente no futebol brasileiro, com muitos clubes já aderindo ao formato e outros tantos se preparando para fazer a mudança do modelo associativo para clube-empresa”, conta.
Valores
Em cada estado há um valor estimado cobrado nas taxas. “No Rio de Janeiro, onde a taxa é a mais elevada, conforme os valores revelados pela entidade, um clube inserido na série A1 do estado terá de desembolsar R$ 500 mil para realizar a transição para SAF. Já os clubes que competem nas séries A2 e A3 do Campeonato Estadual, as taxas são respectivamente de R$ 300 a 200 mil”, conclui o advogado.