Cortes de árvores são motivo de polêmica entre moradores dos bairros da Tijuca e do Grajaú, na Zona Norte do Rio de Janeiro. A população do local reclama que as podas feitas pela Companhia Municipal de Limpeza Urbana (Comlurb) e pela Light, em várias ruas, estão sendo feitas de forma drástica, deixando as árvores cortadas pela metade ou deixando apenas um "cotoco" delas.
O problema está levando insegurança para a comunidade, que tem receio que as árvores podadas possam cair em cima de casas, veículos ou até de um pedestre. Além disso, há a questão ambiental e a descaracterização da paisagem da região, principalmente do Grajaú, viabilizado por um arquiteto e um engenheiro para ser um bairro-jardim. Um grupo de moradores afirma que já foram feitas várias reclamações aos órgãos competentes da Prefeitura do Rio, mas até agora nenhuma providência foi tomada: as podas continuam acontecendo quase todos os dias. Sem apoio o apoio das autoridades, eles pretendem entrar com uma ação no Ministério Público do Estado (MPE).
Assista na reportagem da Web TV Eu, Rio!, as reclamações dos moradores e o que dizem os especialistas sobre esse tipo de poda em áreas urbanas:
Envenenamentos de árvores
Como se não bastasse as podas drásticas, outro problema vem preocupando os moradores da Grande Tijuca. Há cerca de um ano, eles estão observando um pó de coloração azul que vem surgindo nas raízes das árvores plantadas em vias públicas. O fenômeno está atingindo principalmente a rua Afonso Pena, na Tijuca, onde no dia 12 de maio uma mulher foi flagrada pelas câmeras de segurança de um edifício flagraram uma pessoa colocando algo no canteiro onde está plantada uma das árvores envenenadas.
Desde abril do ano passado, a Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente vem investigando os envenenamentos misteriosos, que foram constatados por um laudo técnico realizado com amostras de árvores.
Em nota, a subprefeitura da Grande Tijuca informou que está acompanhando de perto as podas que são feitas na região. Porém, após reclamação dos moradores, irá solicitar uma nova vistoria da Comlurb nos pontos indicados. A Comlurb e a Light não responderam aos questionamentos da reportagem. Em relação ao caso dos envenenamentos, a Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente comunicou que as investigações seguem e os agentes continuam realizando diligências para identificar e responsabilizar criminalmente os suspeitos do delito. “Imagens de câmeras de segurança estão sendo analisadas e outras diligências estão em andamento para esclarecer os fatos”, destaca a nota.