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Amor sem idade nem cor

Brasil tem 3.800 crianças a espera de um lar, neste Dia Nacional da Adoção

Dos mais de 46 mil pretendentes cadastrados para adotar, maioria quer bebês brancos, e na oferta predominam crianças negras


Foto: Wilson Dias/Agência Brasil

Neste sábado, 25 de maio, é o Dia Nacional da Adoção. A data começou a ser celebrada no Brasil a partir de 1996, durante o Primeiro Encontro Nacional de Associações e Grupos de Apoio à Adoção de crianças.

E desde 2022, foi instituída também a Semana Nacional da Adoção, com a finalidade de refletir, agilizar e promover campanhas de conscientização sobre o tema. E lembrar à sociedade que existe um número considerável de crianças disponíveis para serem adotadas.

Ouça no Podcast do Eu, Rio! a reportagem de Leandro Martins, da Rádio Nacional, sobre o Dia Nacional da Adoção e o desafio de superar o desequilíbrio entre oferta e procura.

Mãe adotiva há pouco tempo, a professora Patrícia dos Santos conta que iniciou o processo de adoção em 2018. Esperou um ano e meio e só agora em maio chegou o Malík. Ela não escolheu o gênero, mas queria um bebê. Patrícia comenta sobre a decisão de adotar uma criança:

"Eu penso que nós somos as peças que faltavam para se encaixar um na vida do outro. Ele é uma das escolhas mais assertivas que eu já fiz. Sou grata por formar minha família através da adoção e com certeza eu incentivo outros a fazerem o mesmo".

Dados do Sistema Nacional de Adoção e Acolhimento apontam que há mais de 46 mil pretendentes cadastrados em todo o país e quase 3.800 crianças e adolescentes esperam por um lar. No entanto, existe um desequilíbrio entre pessoas que querem adotar e as crianças e jovens que sonham em ser adotados.

O relator do projeto da Semana Nacional de Adoção, senador Fabiano Contarato, que é pai de dois filhos adotivos negros, relata que a procura por meninas brancas, com menos de dois anos, é maior que o número de crianças com essas características disponíveis para adoção.

Em contrapartida, o parlamentar aponta que os abrigos têm enorme contingente de crianças e adolescentes que não atendem às preferências dos adotantes. E acrescenta que, aos 18 anos, os não adotados têm que deixar os abrigos e saem de lá sem moradia ou perspectiva de futuro.


Agência Brasil e RadioAgência Nacional

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