Vereadores da cidade do Rio de Janeiro, de que lado vocês estão?
Lançado manifesto, que já conta com dezenas de assinaturas em poucas horas, para pressionar os parlamentares a cancelar as homenagens dos acusados de mandar matar Marielle
Vereadores do RJ decidem, nesta terça-feira (28) revogar ou não as medalhas Pedro Ernesto concedidas aos irmãos Domingos e Chiquinho Brazão. Foto: Alerj
A sessão da Câmara Municipal do Rio desta terça-feira, 28 de maio, promete. Pela quinta vez, os vereadores terão que se confrontar com a decisão de revogar ou não as medalhas Pedro Ernesto concedidas aos irmãos Domingos e Chiquinho Brazão.
A vereadora Monica Benicio, viúva de Marielle Franco e autora do requerimento, promete fazer muito barulho sobre o tema. Aliás, já tem feito! Ela lançou hoje um manifesto, que já conta com dezenas de assinaturas em poucas horas, para pressionar os parlamentares a cancelar as homenagens dos acusados de mandar matar Marielle. E também vai solicitar votação nominal para forçar os nobres a se posicionarem publicamente sobre de que lado estão no maior crime político da história recente do nosso país.
Nas últimas quatro sessões, a proposta de revogar as homenagens aos irmãos Brazão não ganhou a simpatia dos colegas. Na última sessão, o placar foi de 19 votos favoráveis e 3 contra. A revogação ganhou, mas não levou. Isso porque para aprovar o cancelamento de medalhas é preciso que 26 vereadores registrem seu voto, o que não aconteceu. Porém, o painel da Câmara marcava a presença de 44 vereadores no plenário. Sim, a terra plana capota!
Vejam só, os vereadores da cidade, muitos deles contemporâneos de Marielle Franco na legislatura passada, não se incomodam em ter entre seus homenageados, com a maior honraria da Casa, os réus pelo assassinato de uma colega de plenário.
A pergunta de 1 milhão de dólares que não quer calar: é por medo, respeito indevido ou conivência com milicianos?