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Cuidados paliativos em hospital do Meyer ganham espaço no maior Congresso de Câncer do planeta

Estudo de Cecília Emerick relaciona redução de mortes em UTIs a acolhimento caloroso e atendimento humanizado

Por Portal Eu, Rio! em 03/06/2024 às 11:03:49

Cuidados paliativos, que amenizem sofrimento dos pacientes, deixaram de ser fortemente associados a pacientes terminais, e passaram a integrar todos os tratamento. Foto: Divulgação

Às vésperas do maior congresso mundial de Oncologia, a médica carioca Cecília Emerick Mendes, do Hospital Marcos Moraes (HMM), unidade da Oncoclínicas&Co no Rio de Janeiro, conquistou um espaço importante na plataforma online da Sociedade Americana de Oncologia Clínica - ASCO. Desde 31 de maio e até 4 de junho, mais de 50 mil médicos de todas as nacionalidades estarão reunidos em Chicago, nos Estados Unidos, para discutir os novos tratamentos e resultados de pesquisas para prevenção e combate à doença.

Cecília Emerick, médica oncologista, apresenta trabalho sobre cuidados paliativos no maior congresso de terapias do Câncer no mundo

No portal da ASCO, o estudo descritivo “Implementação de um serviço de cuidados paliativos em um hospital terciário de um país em desenvolvimento: métodos, estratégias e resultados” (ABSTRACT #: e24056) mostra o resultado de um acompanhamento personalizado a 176 pacientes em tratamento no Hospital Marcos Moraes, no Méier, Zona Norte da cidade do Rio. A análise foi realizada entre fevereiro e dezembro de 2023. Além de permitir o acolhimento e um tratamento mais direcionado, esse tipo de cuidado leva à sustentabilidade do mercado de saúde, de acordo com o estudo, ao aplicar recursos de forma mais assertiva.

Por meio dos cuidados paliativos é possível, por exemplo, reduzir o número de mortes em UTI, permitindo a acomodação mais humanizada em enfermarias e até em casa. Além disso, os profissionais envolvidos têm olhar atento aos valores de quem está em tratamento, consideram aspectos religiosos e gostos pessoais, entre outras características, para que esse ritual seja cumprido de forma mais suave. O componente emocional de parentes dos pacientes também é levado em consideração.

“Nosso serviço de cuidados paliativos é jovem, iniciamos em fevereiro do ano passado já com a coleta de dados e o monitoramento do atendimento. Ter o estudo publicado no portal da mais importante entidade do mundo é como ter uma chancela da ASCO para a atividade que dedenvolvemos”, afirma Cecília Emerick Mendes, médica paliativista do Hospital Marcos Moraes.

Estudo favorece fortalecimento dos cuidados paliativos em hospitais de alta complexidade

O estudo, também assinado pelas médicas paliativistas Daniela Chimeli, Merian Albuquerque, Tamina Ferreira, Carolina Alves Ribeiro e Sarah Ananda Gomes, além da enfermeira paliativista Simone Carvalho, tem o objetivo de fortalecer a cultura desse tipo de cuidado em hospitais terciários, que são unidades de alta complexidade, com assistência completa ao paciente, desde serviços de ambulatório a atendimento em UTI.

“Temos um retorno positivo das famílias, que também passam por esse processo. Seguir protocolos é muito importante, mas, quando falamos de cuidados paliativos, temos que nos colocar na posição de ouvintes sobre o que o paciente deseja”, diz Cecília.

Ouça no Podcast do Eu, Rio! o alerta da doutora Cecília Emerick sobre a importância da atenção às dores e ao sofrimento dos pacientes em todas as fases do tratamento do câncer.

A médica desmistifica ainda a tese de que pacientes incluídos nos cuidados paliativos já não têm chances de sobreviver. Pelo contrário, quem recebe diagnóstico com potencialmente maior risco pode ser incluído no serviço e depois ter alta.

De acordo com o estudo, dos 176 pacientes inicialmente inscritos, os resultados foram concluídos para 171 pacientes. Ao todo, 80% dos que receberam assistência em cuidados paliativos tinham um plano de cuidados antecipados (ACP) instalado, com recursos para otimizar o cuidado humanizado, com 78% optando por suporte não invasivo exclusivo (sem o uso de prótese endotraqueal). A taxa geral de mortalidade foi de 38%. Entre os inscritos no programa de cuidados paliativos a taxa de mortalidade na UTI foi de 31%.

“O Marcos Moraes é o primeiro hospital da Oncoclínicas no Rio e já temos uma publicação validada. Essa é uma forma de mostrar que vale a pena submeter os trabalhos à ASCO e que temos a oportunidade de divulgar estudos relevantes”, disse a médica.

Encontro da ASCO é o maior congresso de câncer no mundo, com 50 mil especialistas

Com forte presença brasileira e apresentação de pesquisas, inovações e discussões sobre oncologia, a ASCO (Encontro Anual da Sociedade Americana de Oncologia Clínica), maior congresso de oncologia do mundo, que acontece em Chicago, nos Estados Unidos, deve reunir entre os dias 31 de maio e 4 de junho mais de 50 mil médicos e especialistas dedicados ao tratamento do câncer. E, como ocorre todos os anos, as expectativas por estudos que devem impactar mudanças nas práticas clínicas em todo o mundo são altas.

"Serão apresentados estudos com avanços em pesquisas científicas em diversas áreas da oncologia, inclusive com participação de pesquisadores brasileiros da Oncoclínicas&Co. O que há de mais moderno na oncologia, em termos de tratamento, como novas técnicas em imunoterapia, terapia-alvo, Car-T Cell e Inteligência Artificial, entre outros, serão apresentadas na ASCO”, diz Carlos Gil Ferreira, diretor médico da Oncoclínicas&Co e presidente do Instituto Oncoclínicas.

Oncoclínicas tem o primeiro stand e mais de 100 profissionais de Saúde na ASCO 2024

Assim como em outros anos, a Oncoclínicas&Co, um dos maiores grupos especializados no tratamento do câncer da América Latina, é destaque na ASCO 2024 com 37 participações. A presença brasileira conta com apresentação oral e em pôsteres, e também em sessões como painelistas e debatedores.

“A pesquisa clínica e a educação são instrumentos essenciais para tornar a saúde acessível a todos, independentemente dos limites territoriais. A Oncoclínicas vem avançando a passos largos para, de fato, contribuir nessa equação. Nesta edição da ASCO, contaremos com uma delegação de mais de 100 especialistas, que compartilharão conhecimento com a comunidade oncológica mundial na busca pelas melhores alternativas de cuidado para vencer o câncer”, afirma Bruno Ferrari, fundador e CEO da Oncoclínicas&Co.

Além disso, pela primeira vez a companhia contará com um stand na área de expositores do evento, um espaço dedicado a compartilhar avanços científicos e promover a interação direta com principais tomadores de decisão e influenciadores do setor. “O fortalecimento da nossa presença na ASCO 2024 é mais um passo que possibilita a formação de parcerias que podem acelerar o desenvolvimento e a implementação de novas frentes de combate à doença, beneficiando amplamente os nossos pacientes”, finaliza.

Oncoclínicas & Co reúne 2.200 especialistas para tratamento multidisciplinar do Câncer

A Oncoclínicas & Co. - maior grupo dedicado ao tratamento do câncer na América Latina - tem um modelo especializado e inovador focado em toda a jornada do tratamento oncológico, aliando eficiência operacional, atendimento humanizado e especialização, por meio de um corpo clínico composto por mais de 2.700 médicos especialistas com ênfase em oncologia. Com a missão de democratizar o tratamento oncológico no país, oferece um sistema completo de atuação composto por clínicas ambulatoriais integradas a cancer centers de alta complexidade. Atualmente possui 145 unidades em 39 cidades brasileiras, permitindo acesso ao tratamento oncológico em todas as regiões que atua, com padrão de qualidade dos melhores centros de referência mundiais no tratamento do câncer.

Com tecnologia, medicina de precisão e genômica, a Oncoclínicas traz resultados efetivos e acesso ao tratamento oncológico, realizando aproximadamente 635 mil tratamentos nos últimos 12 meses. É parceira exclusiva no Brasil do Dana-Farber Cancer Institute, afiliado à Faculdade de Medicina de Harvard, um dos mais reconhecidos centros de pesquisa e tratamento de câncer no mundo. Possui a Boston Lighthouse Innovation, empresa especializada em bioinformática, sediada em Cambridge, Estados Unidos, e participação societária na MedSir, empresa espanhola dedicada ao desenvolvimento e gestão de ensaios clínicos para pesquisas independentes sobre o câncer.

A companhia também desenvolve projetos em colaboração com o Weizmann Institute of Science, em Israel, uma das mais prestigiadas instituições multidisciplinares de ciência e de pesquisa do mundo, tendo Bruno Ferrari, fundador e CEO da Oncoclínicas, como membro de seu board internacional. Além disso, a Oncoclínicas passou a integrar a carteira do IDIVERSA, índice recém lançado pela B3, a bolsa de valores do Brasil, que destaca o desempenho de empresas comprometidas com a diversidade de gênero e raça.



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