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Reconhecimento de habilidades é essencial para garantir inclusão de autistas na sociedade

Debate na Câmara dos Deputados revela fila de 12 mil pessoas para atendimento com neurologista, somente no Distrito Federal

Por Portal Eu, Rio! em 20/06/2024 às 07:53:39

Em audiência pública na Comissão de Direitos Humanos da Câmara para marcar o Dia Mundial do Orgulho Autista, comemorado nesta terça-feira (18), especialistas ressaltaram a importância de reconhecer as habilidades das pessoas do espectro autista para garantir a inclusão. Autor do pedido para a realização do debate, o deputado Luiz Couto (PT-PB) sustentou que a data tem por objetivo “desafiar estigmas e preconceitos” e levar ao reconhecimento de que o autismo é parte da diversidade humana.

“Pessoas autistas têm perspectivas e habilidades únicas, que enriquecem nossa comunidade de maneiras diversas e profundas, eles são artistas, cientistas, profissionais de diversas áreas”, disse.



A diretora do Grupo Mais Inclusão, Viviani Guimarães, também sublinhou que as pessoas costumam falar sobre o que os estudantes com autismo não conseguem fazer. No entanto, ela defende a necessidade de observar as potencialidades de quem vive com autismo. Na educação, ela defendeu que só é possível reconhecer a habilidade de cada aluno com deficiência por meio da elaboração de um plano educacional individualizado.

“Eu não estou a dizer aqui para a gente fechar os olhos e não perceber as dificuldades que esse estudante tem. Óbvio que a gente precisa saber quais são as lacunas que estão no desenvolvimento, mas eu preciso ver principalmente no que ele é bom. Quando a gente conseguir fazer esse entrelaçamento do que a gente está ensinando com o que ele gosta, a gente vai fazer com que essa aprendizagem seja muito mais efetiva.”

O diretor-presidente do Movimento Orgulho Autista Brasil, Edilson Barbosa, defendeu a necessidade de diagnóstico precoce para o tratamento adequado do paciente com autismo. O ativista ressaltou que uma lei de 2012 já prevê esse direito, que até hoje não é efetivo, segundo ele. Conforme Edilson Barbosa, o movimento do orgulho autista identificou 12 mil crianças na fila pra atendimento com neurologista só no Distrito Federal.

Fonte: Agência Câmara de Notícias

Por Portal Eu, Rio!

Fonte: Agência Câmara e Rádio Câmara

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