O festival oportuniza que jovens estudantes mostrem suas criações, troquem experiências, ganhem visibilidade entre seus pares, conheçam profissionais renomados, testem suas obras com o público e, claro, concorram ao prêmio de patrocínio para seus projetos.
Ao todo, foram inscritos 173 grupos universitários de sete estados: Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Espírito Santo, Bahia, Sergipe, Rio Grande do Sul e Pará, com esquetes de 10 a 12 minutos, onde 67 passaram para a segunda fase. Em uma audição criteriosa, o diretor artístico do Festival, Felipe Cabral, e a bicampeã do FESTU na categoria Melhor Atriz, Julia Stockler, tiveram a árdua e emocionante missão de escolher somente 16 esquetes para as Mostras Competitivas. Dentre as selecionadas estão as que tocam em circunstâncias sociais, como uma homenagem às trabalhadoras dos barracões das escolas de Samba; críticas à remoção de famílias na Vila Autódromo; peculiaridades da vida de atores migrantes de outros estados para o Rio de Janeiro; e o universo da capoeira e da palhaçaria.
O festival irá premiar as categorias de Melhor Esquete com um aporte de R$ 30 mil, e Melhor Esquete pelo Júri Popular com R$ 15 mil. Todo o montante deverá ser direcionado à montagem de espetáculos inéditos pelos grupos vencedores. Diversas outras categorias também serão contempladas com premiações como bolsas de estudo em centros de teatro, música e dança na cidade do Rio de Janeiro.
“O público irá se emocionar com as narrativas e os corpos diversos que ocuparão esta edição. Os jovens cada vez mais querem falar sobre suas realidades, suas questões, suas vivências, suas angústias, seus sonhos e transformar suas vozes em teatro. Sempre com muito humor, afeto, ironia, amor, música, dança, canto e gritos de denúncia”, observa Felipe Cabral.
Ao longo desses 14 anos o FESTU não parou de crescer. Para acompanhar a diversidade presente na sociedade, o festival vem se transformando e ganhando cada vez mais relevância entre jovens artistas, principalmente por conta do aumento da demanda por mais representatividade no evento, desde sua estrutura, passando pela banca e chegando até os apresentadores e jurados. A cada edição cresce o número de inscrições de grupos de coletivos negros, femininos, LGBTQIAPN+ e indígenas, se tornando, assim, um festival ainda mais plural a cada ano.
“O Festival mostra à plateia e aos jurados que o jovem universitário tem muito a oferecer ao nosso teatro, e que nós precisamos estar atentos às gerações de artistas que se formam todo ano. Oferecendo a premiação em forma de patrocínio, colocamos dois novos grupos a cada ano entrando em cartaz profissionalmente com um espetáculo inédito. Em outras edições tivemos integrantes que, a partir desses trabalhos, foram indicados, por exemplo, ao Prêmio Shell de Teatro, uma das maiores premiações nacionais da área. O FESTU diz ‘sim’ a estes novos artistas, dá espaço para que eles se experimentem, criem e ganhem confiança para seguir com suas pesquisas. Muitas companhias de teatro surgiram a partir de nosso festival e é sempre uma satisfação e alegria ver quem já passou pelo FESTU ganhando os palcos e alçando novos voos para além do festival”, declara Felipe.
Grandes nomes do teatro brasileiro já participaram como jurados, como Wolf Maia, Zezé Polessa, Lília Cabral, Milton Gonçalves, Babu Santana, Malu Galli, Marília Pêra, Jéssica Ellen e Renata Carvalho. E este ano não será diferente: artistas que já fizeram parte do FESTU como concorrentes, em edições anteriores, irão participar da banca de júri, como é o caso de Matheus Macena, que ganhou como Melhor Ator do 6º FESTU e, profissionalmente, na mesma categoria no 34º Prêmio Shell de Teatro pelo musical “Los Hermanos – Musical Pré-Fabricado”.
Dentre os outros tantos que têm frutificado seu trabalho estão Ricardo Rocha (vencedor do último Prêmio Shell na categoria Melhor Cenografia e vencedor do FESTU em 2017 como Melhor Esquete); Clarisse Dessaune (atriz que vem se destacando no cenário carioca com o espetáculo “O caminho de volta”); Clayton Nascimento (criador do premiado espetáculo “Macacos” e vencedor do Prêmio Shell como Melhor Ator); Alitta (primeira atriz trans preta a ser indicada ao Prêmio Shell pelo espetáculo “Chega de saudade”); Ana Paula Brasil (diretora de responsabilidade social da TV Globo); Michel Melamed (ator, poeta e diretor de teatro); MiwaYanagizawa (atriz e diretora, vencedora do 34º Prêmio Shell de Melhor Direção por “Anastácia”) e Nathalia Ponto Cruz (atriz e roteirista).
As apresentações dos 16 grupos finalistas para a banca de jurados e para o público serão realizadas em dois dias, sendo oito esquetes na sexta-feira (dia 28 de junho), e as outras oito no sábado (dia 29). A cerimônia de premiação dos vencedores, com a entrega dos patrocínios, será no domingo (dia 30).
Projeto Social “FESTU nas Escolas”
O “FESTU nas Escolas” é um projeto social de teatro infantil no bairro Caju, realizado com 60 crianças entre 8 e 10 anos de idade, da Escola Municipal de Espiridião Rosas, com aulas regulares de artes cênicas. Esse projeto é patrocinado pela empresa Multiterminais – Logística Integrada, uma operadora de terminais portuários e portos secos do Brasil, que está entre as mais importantes empresas de prestação de serviços ao comércio exterior.
“O projeto social do FESTU, no Caju, é importante para ampliar as fronteiras dos estudantes que têm pouco acesso aos equipamentos culturais da cidade. Temos orgulho em fazer parte desta história e contribuir com o desenvolvimento humano do local”, declara Luiz Henrique Carneiro, diretor-presidente da Multiterminais – Logística Integrada.
Pela segunda vez consecutiva, crianças do projeto social “FESTU nas Escolas” irão se apresentar no Festival, com o esquete infantil “Pequeno Grão de Areia”. O objetivo é proporcionar a esses artistas mirins e futuros universitários uma experiência artística profissional ao subir ao palco e se apresentar para um número grande de pessoas. A apresentação será no último dia do evento, domingo, 30 de junho.
FESTU INVESTE
Criado na edição comemorativa de 10 anos de festival, o “FESTU INVESTE” é um programa de educação financeira desenvolvido para orientar os grupos vencedores do festival sobre as melhores práticas para a gestão dos prêmios em dinheiro, recebidos como forma de patrocínio para montagem de seus próprios espetáculos. Este ano serão destinados R$ 30 mil para o Melhor Esquete, e R$ 15 mil para o Melhor Esquete pelo Júri Popular.
O programa reconhece e valoriza a necessidade e importância de uma excelente qualidade artística, aliada à capacidade de administrar e gerir bem seus recursos financeiros, para que todos os contemplados estejam cientes das oportunidades e riscos de todas as ações que podem tomar com os patrocínios recebidos como premiações. Os jovens artistas vencedores são orientados sobre o controle e a relação do dinheiro como algo extremamente importante, principalmente em um cenário desafiador de recursos no setor cultural, especificamente no teatro brasileiro.
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