Neste domingo (28) acontece a mobilização pelo Dia Mundial de Luta Contra as Hepatites Virais. Com o objetivo de oferecer à população acesso fácil e rápido para identificação e tratamento da doença, a Secretaria de Estado de Saúde (SES-RJ) possui um Polo de Testagem para Hepatites A e B, que funciona no Instituto de Assistência aos Servidores do Estado do Rio de Janeiro (IASERJ - Maracanã). Para realizar o teste, basta se dirigir à unidade, de segunda a sexta-feira, de 8h às 16h, com o Cartão SUS, comprovante de residência e identidade. O polo fica na rua Jaceguai, s/n, no Maracanã, com atendimento por ordem de chegada.
Segundo o Ministério da Saúde, as hepatites virais mais comuns no Brasil são causadas pelos vírus A, B e C. Existem ainda, com menor frequência, o vírus da hepatite D (mais comum na região Norte do país) e o vírus da hepatite E, que é menos frequente no Brasil, sendo encontrado com maior facilidade na África e na Ásia.
Existem vacinas para as hepatites A e B. A vacina contra a hepatite A já faz parte também do calendário infantil de 15 meses até 4 anos de idade, no esquema de dose única. A hepatite B, ao contrário, é oferecida para todos, não existe limite de idade, e ela deve ser tomada em três doses, a primeira logo ao nascer, no máximo 24 horas pós-nascimento, a segunda 30 dias depois e a terceira 180 dias. Quem é vacinado contra a hepatite B também não pega o vírus D, porque é um tipo de vírus que só sobrevive em quem tem o B. Cabe lembrar que tanto as vacinas contra as hepatites A e B são fornecidas pelo SUS e estão disponíveis nos postos de saúde.
Quais os principais riscos para quem tem hepatite viral?
O risco que a pessoa corre é de evoluir, sem saber, para doenças que não têm cura, como cirrose e câncer de fígado.
medicamentos para amenizar os sintomas.
Na hepatite B aguda, o tratamento se baseia no acompanhamento dos sintomas. Se houver sinais de que o paciente está evoluindo ao longo de semanas para perda da função do fígado, utiliza-se antivirais como tenofovir e entecavir, os mesmo usados para o controle da hepatite crônica B, mas de uso contínuo. Nos casos com evolução muito grave a indicação é de transplante hepático.
Para hepatite C, o tratamento evoluiu muito nos últimos anos e envolve medicamentos por via oral, com chances de cura de quase 100% em 12 semanas de tratamento, principalmente quando a doença é descoberta ainda no início.
O tratamento contra a hepatite D ainda permanece um desafio, mas o foco é tratar o vírus B e, quando indicado, usar medicamentos contra o vírus D.
Já o tratamento contra a hepatite E é baseado no acompanhamento dos sintomas, sem o uso de medicamentos.
A gerente de hepatite virais da Secretaria de Estado de Saúde, Clarisse D'Alevicci, explica o risco que as hepatites virais podem causar no fígado: