A 2ª edição do projeto Estação Praça Onze, que acontece nesta sexta-feira (03), no picadeiro do Circo Crescer e Viver, na Praça Onze, vai receber o Jongo da Serrinha com a participação da Tia Maria do Jongo e suas Jongueiras, a partir das 18h, na Rua Carmo Neto, 143, Cidade Nova. A roda de samba acontece toda primeira sexta-feira do mês e é comandado pelo músico Marquinhos de Oswaldo Cruz.
Estação Praça Onze é uma realização do projeto Trem do Samba em parceria com o Circo Crescer e Viver e estreou no mês passado, com casa lotada e público de aproximadamente duas mil pessoas.
"A intensão de fazer essa roda de samba é uma forma de fazer com que as pessoas curtam o samba no dia 2 de dezembro, no Trem do Samba, curtam agora pelo menos uma vez por mês. A ideia do circo é que o picadeiro seja o palco dos grandes sambistas da antiga. E a Praça Onze é o símbolo maior do samba, que era a região da Pequena África. A Pequena África da Tia Ciata, do Donga, do João da Baiana. Ali era o embrião do samba que a gente conhece. Esse mês, vamos receber o primo-irmão do samba que é o jongo, que vem do morro da Serrinha que gerou Mano Decio da Viola, Silas de Oliveira e principalmente, D. Ivone Lara", contou Marquinhos de Oswaldo Cruz.
Jongo da Serrinha
O grupo surgiu no morro da Serrinha, em Madureira, no Rio, como maneira de preservar o ritmo que tem suas origens nos países africanos: Congo e Angola, e que chegou ao Brasil colônia por meio dos escravos que trabalhavam nas lavouras de café. Também conhecido por caxambu, o jongo reúne dançarinos descalços, vestindo as roupas comuns do dia-a-dia. É uma dança de roda e de umbigada. Cantado no linguajar do homem rural com sotaque de preto-velho e misturam o português com o dialeto africano de origem bantu.
O Grupo Cultural Jongo da Serrinha criou a Escola do Jongo na própria comunidade do Império Serrano, fundada pela Tia Maria do Jongo, líder do Jongo da Serrinha, e seus irmãos, dentro da própria comunidade, em 1947.
A escola oferece aulas de dança, música, capoeira, teatro e artes plásticas para 120 crianças e jovens de 4 a 18 anos. O trabalho de arte-educação será ampliado, e mais 120 crianças de até 3 anos serão atendidas numa creche recém-construída na comunidade.