Relatório da Justiça do Rio revela que a Liga da Justiça, considerada a maior milícia do Rio, arrecada por mês cerca de R$ 15 milhões. Segundo as informações, a quadrilha, comandada por Wellington da Silva Braga, o Ecko, fatura esse dinheiro através da prática de extorsão, do monopólio de entrega de gás, internet, água, cigarros contrabandeados, roubos de cargas, furto de petróleo de dutos da Petrobrás, extração ilegal de terras, esbulho possessório, receptação, aluguel de armamento para outros grupos criminosos e outras atividades. Há a suspeita também que os lucros também são em parte por conta do tráfico de drogas.
As informações constam em autos de um processo a que responde Ecko e um miliciano identificado como Adalberto Ferreira Menezes e que tramita na 19ª Vara Criminal da Capital.
Adalberto foi preso em flagrante dentro de um veículo Hyundai Tucson, na posse de R$ 50.960,00. Os próprios policiais verificaram o momento em que ele exigia os valores de motorista de vans em Campo Grande, na Zona Oeste do Rio.
De dentro das viaturas descaracterizadas os policiais monitoraram os passos dos paramilitares e o visualizaram arrecadando dinheiro dos pontos de vans. Com ele também foram encontradas diversas anotações, inclusive com placas dos veículos. .
O faturamento alto da milícia possibilita vida de alto padrão para os envolvidos. O Departamento Geral de Combate à Corrupção ao Crime Organizado e à Lavagem de Dinheiro(DGCOR-LD) da Polícia Civil conseguiu junto à Justiça o sequestro de R$ 5 milhões em bens da quadrilha, como cinco imóveis, nove carros e joias, incluindo ai uma residência de classe média alta com piscina e churrasqueira.
Em um outro processo que tramita na Justiça confirma que uma das bases da milícia de Ecko é o município de Itaguaí, na Região Metropolitana, onde pratica roubos, receptações, sequestros, torturas, homicídios, ocultação de cadáveres, danos, crimes da lei de armas de fogo, além do foco prioritário na imposição forçada, extorsão, de ´taxa de segurança.*
Neste sábado (3) a Policia Civil prendeu dois comparsas de Ecko; Paulo Robrerto Carvalho e Antônio Carlos dos Santos Pinto, vulgo Pit. Ambos apontados como foragidos da justiça, existindo em seu desfavor mandados de prisão expedidos pelo crime de organização criminosa.
Eles são considerados responsáveis pela região do Complexo do Cesarinho, localizada em Santa Cruz, possuindo atuação de destaque na organização criminosa.
Os alvos foram presos em via pública na região de Paciência. Com eles, foram apreendidas 120 munições calibre 9mm, duas pistolas Glock g17, 9mm numeração suprimida, dois rádios transmissores com a inscrição "CL" e "220", em alusão aos milicianos Carlinhos Três Pontes (falecido) e seu irmão Ecko, baterias de radio. dois coldres, dois porta carregadores, seis carregadores, dois cordões dourados, dois relógios, uma balaclava, três celulares