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Segurança emocional nas escolas é desafio urgente no país

Um em cada dez estudantes brasileiros não se sente seguro na unidade escolar em que estuda

Por Portal Eu, Rio! em 09/09/2024 às 11:02:52

Foto: Divulgação

A saúde mental dos estudantes tem ganhado destaque, especialmente durante o “Setembro Amarelo”, que reforça a importância da prevenção ao suicídio. O ambiente escolar, que deveria ser de aprendizado e acolhimento, muitas vezes se torna fonte de ansiedade e estresse, afetando diretamente o bem-estar emocional dos jovens. A falta de segurança, tanto física quanto emocional, impacta o desenvolvimento acadêmico e social, exigindo ações eficazes para garantir um espaço mais seguro e acolhedor para todos. Dados recentes do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (PISA), revelaram que um em cada dez estudantes brasileiros não se sente seguro na sala de aula.

Simone Roque, Psicopedagoga e Diretora do Centro Multidisciplinar Desenvolvikids, destaca os fatores que contribuem para essa sensação de insegurança. “Estamos em tempos de baixa estima, padrões inalcançáveis e alunos com não pertencimento dentro de uma sociedade escolar emocionalmente doente; e isso tudo contribui para escolas como bombas relógios do descontrole de ações de violência que nunca se sabe de onde vem ou onde se manifestará”, alerta a especialista. Esses fatores, associados à pressão escolar, podem agravar problemas de saúde mental entre os alunos.

A identificação precoce de sinais de que um estudante não se sente seguro é fundamental para a prevenção. Simone reforça a importância do olhar atento dos educadores: "Para perceber as inseguranças dos alunos, é necessário um olhar empático e atento às dificuldades de relacionamento social e ao desejo de estar presente na escola", analisa a Psicopedagoga.

Criar um ambiente seguro envolve mais do que apenas regras. Requer um diálogo constante entre alunos, famílias e a equipe escolar. "Transformar a escola e a sala de aula em um local onde as famílias e alunos tenham diálogo aberto, em que o aluno seja respeitado em suas opiniões positivas ou negativas e onde a diversidade e a inclusão estejam acima de padrões modelados pela sociedade”, afirma Simone. O papel ativo das famílias e da comunidade escolar é crucial nessa transformação.

Além disso, os educadores têm um papel fundamental na criação de ambientes de aprendizado mais positivos. "A psicopedagogia acolhe as individualidades dos alunos e adapta as metodologias quando necessário, promovendo uma educação positiva que respeita o tempo e as particularidades de cada estudante", conclui Simone. Esse cuidado reflete diretamente na sensação de segurança e pertencimento dentro das escolas.

Neste Setembro Amarelo é imprescindível que a discussão sobre saúde mental inclua a segurança nas escolas, visando não apenas prevenir crises mais graves, mas também criar um ambiente de apoio, inclusão e respeito, onde todos os alunos possam se desenvolver plenamente.

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