Em 2024, 13 pessoas já foram baleadas ao entrarem por engano em favelas do Grande Rio

Em 2024, houve sete ataques armados contra pessoas que entraram por engano em favelas da Região Metropolitana do Rio de Janeiro, segundo dados coletados pelo Instituto Fogo Cruzado. Ao todo, 13 pessoas foram baleadas nestes ataques, das quais três morreram e 10 ficaram feridas. Os casos mais recentes ocorreram em um intervalo de um dia.

O policial penal Sérgio Roberto Fernandes foi baleado ao entrar por engano em uma área próxima à favela do Quitungo, em Brás de Pina, Zona Norte, na noite desta quinta-feira (19). No dia anterior, uma adolescente de 14 anos foi baleada na Maré, Zona Norte do Rio de Janeiro, após o carro da família entrar por engano em um dos acessos à favela.

Entre os sete casos mapeados pelo Instituto Fogo Cruzado, quatro ocorreram em Brás de Pina e Vigário Geral, bairros que compõem o chamado Complexo de Israel. Cinco pessoas foram baleadas nesses episódios — todas sobreviveram.

Das 13 vítimas mapeadas, três eram agentes de segurança: um morreu e dois ficaram feridos.

Em 2023, entre 01/01 e 20/09, houve três casos mapeados pelo Fogo Cruzado de pessoas atacadas a tiros ao entrarem por engano em favelas do Grande Rio. Ao todo, duas pessoas foram baleadas nestes ataques, entre elas, um agente de segurança.

Veja a lista de casos mapeados em 2024:

? 19/09–Policial penal baleado ao entrar por engano na favela do Quitungo, em Brás de Pina.

? 18/09–Adolescente baleada ao entrar por engano na Vila dos Pinheiros, na Maré.

22/07–Policial da Força Nacional baleado ao entrar por engano no Complexo de Israel, em Vigário Geral.

? 03/06–Motorista de aplicativo e passageira baleados ao entrarem por engano na favela do Quitungo, em Brás de Pina.

? 29/05–Policial penal morto a tiros ao entrar por engano na favela Cavalo de Aço, em Senador Camará. O tiroteio deixou outros dois mortos, entre eles, uma criança de 8 anos.

? 20/04–Mototaxista baleado ao entrar por engano na favela do Quitungo, em Brás de Pina.

? 01/03–PM baleado ao entrar por engano no Morro do Dendê, na Ilha do Governador.