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Falta de educação é vilã em vésperas de chuvas

Lixo jogado no chão ajuda a entupir bueiros e ajudam em enchentes

Por Jonas Feliciano em 11/05/2019 às 10:43:00

Na imagem, mulher joga saco de lixo com cocô do cachorro na rua - Foto: Reprodução de vídeo

No últimos anos, as chuvas fortes tem sido um grande problema para a capital carioca. Quase sempre, elas são sinônimos de caos, inundações, deslizamentos e, principalmente, de mortes. De fato, o fenômeno natural é imprevisível e pode alcançar proporções inesperadas. Contudo, já foi provado por diversos motivos que os desastres são evitáveis.

Muitos especialistas apontam que a cidade do Rio do Janeiro não tem um sistema de escoamento eficaz. Porém, eles também afirmam que o lixo é um grande um vilão quando se trata dos alagamentos das ruas e avenidas do município. Isso porque, mesmo que seja feita a coleta regular, a população precisa fazer a sua parte.

Denise Barros mora há seis meses na Rua Torres Homem, no bairro de Vila Isabel, na Zona Norte. Ela procurou o portal Eu,Rio! para conversar sobre a falta de consciência de algumas pessoas. Denise enviou alguns vídeos onde transeuntes jogavam lixo na calçada, urinavam no chão e também jogavam sacolas plásticas com fezes de cachorro em local inapropriado.

Para a moradora, além de existirem poucas lixeiras na região, falta educação e consciência em muitas pessoas.

"Um trabalho educativo seria ótimo. Estou há quatro meses falando com quem consigo identificar. Peço para não jogarem lixo em qualquer lugar, mas são muitos. Fazem xixi também. Eles saem de um local com banheiro e fazem na rua. Eu não entendo. Além disso, não tem lugar para colocar o lixo de mão. O ideal seria as lixeiras suspensas de vergalhão. Andei por muitas ruas e não vi em nenhum lugar. Existem algumas na 28 de setembro. Parece que, de fato, o Rio está abandonado", lamentou Denise.

Em relação a questão levantada pela moradora, por meio de nota ao portal, a Comlurb afirmou que desempenha uma série de ações com o objetivo de conscientizar a população a fazer o descarte correto do lixo. Uma das ferramentas é o Chegando de Surpresa. Neste projeto, um grupo de garis usam a dança e a música para incentivar a conscientização. Além disso, há a distribuição de panfletos.

O grupo ainda visita bairros e comunidades. Prioriza as áreas com pontos críticos de descarte irregular de resíduos e participa de eventos públicos. Durante o verão, o Chegando de Surpresa faz parte da Operação Praia Limpa que consiste, entre outras ações, em campanhas de conscientização junto aos banhistas. A equipe também promove campanhas com os estudantes em escolas da rede pública municipal.

Outra forma de atuação da Comlurb para inibir atos de incivilidade é o Programa Lixo Zero. Ele pode multar qualquer pessoa ou empresa que esteja em desacordo com a Lei de Limpeza Urbana, inclusive o descarte irregular de pequenos resíduos. A Lei existe desde setembro de 2001, mas só foi possível começar de fato a multar a partir do lançamento do Programa Lixo Zero, em agosto de 2013, que permite a fiscalização realizada com guardas municipais e a Comlurb. Segundo a empresa, o programa torna a Lei de Limpeza Urbana efetiva e contribui para conscientizar a população sobre a importância de não jogar lixo nas ruas, praias, praças e demais áreas públicas.

Ainda de acordo com a Comlurb, é necessário sempre apelar para que a sociedade se conscientize, respeite o horário, o dia da coleta e dê ao lixo o descarte correto. Ela informou que, em média, diariamente, são coletadas 10 mil toneladas de resíduos na cidade. Esse valor inclui o lixo domiciliar e urbano que são grandes geradores, além dos resíduos da construção civil.

Já em relação às multas do Lizo Zero, em 2018 foram aplicadas 87.627 multas e, até 30 de abril 2019, foram 18.499 infrações registradas.
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