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Proibição de uso em termômetros aquece debate de limites à exposição humana ao mercúrio

Senado analisa política nacional para disciplinar emprego e descarte da substância, que contamina meio ambiente e causa doenças neurológicas

Por Portal Eu, Rio! em 17/10/2024 às 10:38:32

Anvisa atualizou em setembro as normas que regulam os termômetros, com restrições mais severas ao uso de mercúrio, potencialmente tóxico

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu a fabricação e a venda de termômetros e medidores de pressão com mercúrio, devido aos altos riscos à saúde e ao meio ambiente. A medida faz parte de ações internacionais que buscam reduzir o uso de mercúrio no mundo. Está em análise na Comissão de Assuntos Sociais (CAS) um projeto de lei que cria uma política nacional para prevenir e disciplinar a exposição ao mercúrio (PL 1.011/2023).

Segundo a resolução da Anvisa, as empresas que descumprirem a regra poderão responder por infração sanitária. A medida faz parte de um conjunto de ações internacionais para reduzir o uso de mercúrio no planeta. A Convenção de Minamata, da qual o Brasil é signatário desde 2017, adverte que o descarte inapropriado do metal pode contaminar o meio ambiente e causar doenças neurológicas.

No Senado, está em análise na Comissão de Assuntos Sociais o projeto que cria a Política Nacional de Prevenção da Exposição ao Mercúrio, com uma série de medidas de segurança para diminuir os riscos à saúde. O senador Otto Alencar (PSD-BA) considera importante a aprovação dessa proposta, de autoria do senador Randolfe Rodrigues (PT-AP). A proposta aguarda apresentação de relatório da senadora Leila Barros, do PDT do Distrito Federal, que preside a Comissão de Meio Ambiente do Senado.

Para o senador Otto Alencar, do PSD da Bahia, é importante o Legislativo regular a questão. Alencar destacou que é um projeto importante para normatizar a utilização do mercúrio, sobretudo, na mineração artesanal que se pratica hoje em várias áreas de preservação ambiental. O senador baiano argumenta que as empresas de maior porte, em geral, não usam mais o mercúrio, usam o cianeto, que é também um produto muito danoso à saúde, que dá praticamente todos os problemas de saúde que dá também o mercúrio.

Ao se deparar com produtos contendo mercúrio, as autoridades sanitárias orientam que o metal seja recolhido com cuidado, guardado em um pote e levado aos pontos de coleta. Algumas prefeituras e secretarias de meio ambiente disponibilizam locais específicos para o descarte de materiais perigosos, como farmácias, postos de saúde e hospitais. Esses locais seguem as Boas Práticas de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde, fixadas pela Anvisa em 2018. Verifique na sua cidade onde está disponível esse serviço.


Por Portal Eu, Rio!

Fonte: Agência Senado e Rádio Senado

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