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Maia prega agenda comum a Senado e Guedes para mudar Estado e aquecer a Economia nacional

Presidente da Câmara contesta versão da Presidência de que crescimento no curto prazo dependa da Reforma da Previdência, embora prometa aprovação até julho

Por Portal Eu, Rio! em 17/05/2019 às 22:29:37

Foto: Dhavid Normando/ CBIC/ Divulgação

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia,  afirmou que irá trabalhar com os líderes partidários e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, para apresentar nas próximas semanas uma agenda voltada para a reestruturação do Estado brasileiro e medidas de curto prazo para estimular o aquecimento da economia. “Nós vamos deixar bem claro para a sociedade que a Câmara e o Senado terão uma agenda muito racional, muito objetiva de reestruturação do Estado brasileiro, e vamos fazer isso junto com o ministro Paulo Guedes”, afirmou Maia no 91º Encontro Nacional da Indústria da Construção (Enic), organizado pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), no Rio de Janeiro, na sexta-feira (17).  
O presidente da Câmara contestou a dependência da recuperação imediata da economia à Reforma da Previdência, versão que se choca frontalmente com declarações recentes do presidente Jair Bolsonaro. Não fez referência, também, em seu discurso, ao pedido de créditos adicionais de R$ 248 bilhões feito ao Congresso pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, também presente ao Encontro. Preferiu anunciar uma reforma administrativa em estudo na Câmara, segundo ele preservando cada real de quem ingressou no serviço público por concurso, mas mudando a estrutura das carreiras daqui em diante. Não por caso, evitou mencionar a tramitação da MP 870, em que o Planalto vem enfrentando reveses na tentativa de enxugar a estrutura do Estado e sido obrigado a recriar pastas como Cidades e Integração Nacional, com as respectivas recriações de cargos.
A notícia divulgada no Portal da Câmara não faz menção ao presidente da República, Jair Bolsonaro, que reassumiu o posto ao desembarcar em território brasileiro, na manhã de sexta. A curta passagem de Maia pelo posto máximo do País chamou atenção mais pelo que ele se recusou a fazer: ao deixar de sancionar o projeto que anistia dívidas dos partidos, deixou o ônus dos vetos para Bolsonaro.


Alvo de duros ataques nas redes sociais pelos grupos de apoio ao presidente, Maia evitou respostas diretas a seus críticos. Preferiu alertas quanto à relação entre a polarização política nas redes sociais e as contestações da democracia em vários países. Argumentou que o Congresso deve mostrar para a sociedade que tem uma agenda muito racional para o desenvolvimento do País. “Nós não vamos ficar olhando para essas guerrilhas virtuais que existem em todos os campos políticos, é uma confusão enorme esse negócio de rede social. Se a gente ficar olhando rede social, a gente não faz a [reforma da] Previdência, não melhoramos a educação, a saúde”, disse.


Num contraste com as últimas declarações do presidente Jair Bolsonaro, relacionando os dois processos, não foram as dificuldades para aprovar a reforma da Previdência que levaram à redução das projeções do crescimento econômico. "As projeções caíram por outras questões. Isso que me preocupa. Estou preocupado com o curto prazo. Estamos caminhando para o aumento do desemprego e o aumento da pobreza", afirmou. Para o deputado, a reforma da Previdência segue o cronograma dos trabalhos da Casa e deverá ser aprovada até julho na Câmara dos Deputados. "A Previdência não era mais para ser um dilema, precisa ser a solução", disse o presidente.
Rodrigo Maia defendeu também a reforma administrativa do Estado, para melhorar a eficiência dos gastos públicos. “Nós precisamos reestruturar a gestão pública no Brasil. O Estado brasileiro ficou caro. Os três Poderes, as carreiras típicas de Estado, os servidores da Câmara, recebem 67% mais que o seu equivalente no setor privado. Nos estados, a média é 30%”, avaliou.Segundo o presidente, os estudos de uma reforma administrativa já estão sendo analisados pela Câmara dos Deputados e devem ser apresentados em breve. “Não quero tirar um real daqueles que fizeram concurso e tem os seus diretos, mas daqui para frente vamos reconstruir as carreiras”, concluiu.

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