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Milícia de Rio das Pedras coleciona homicídios na Zona Oeste

Um dos integrantes da quadrilha, Gerardo Alves Mascarenhas, o Boladão, responde a processos na Justiça por assassinatos

Por Mario Hugo Monken em 23/05/2019 às 17:28:22

Foto: Divulgação/Disque Denúncia

A milícia que atua na comunidade de Rio das Pedras, em Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio, está sendo responsabilizada por dois homicídios cometidos recentemente na região. Uma das vítimas era suspeita de praticar pequenos furtos e a outra, considerada pelos paramilitares como envolvido com o tráfico de drogas.

Um dos integrantes da quadrilha, Gerardo Alves Mascarenhas, o Boladão ou Lequinho, responde a processos na Justiça por esses dois assassinatos. O Disque Denúncia está oferecendo R$ 1 mil para quem prestar informações que ajudem na sua captura.

Uma das vítimas do bando, Alan Caetano, estava sentada na calçada de sua residência em companhia de um amigo, quando dois homens se aproximaram em uma motocicleta e exigiram que ele e o colega deitassem no chão.

Contudo, antes mesmo de obedeceram a ordem, um dos suspeitos começou a atirar contra a vítima fatal. Alan, que era suspeito de cometer pequenos delitos.

A Justiça apontou o risco de a testemunha presencial ter grande chance de sofrer ameaças por parte do denunciado, uma vez que coabitam na mesma localidade.

O outro crime que foi denunciado Gerardo aconteceu no dia 16 de setembro, na Avenida Engenheiro Sousa Filho, na esquina com Areinha, em Rio das Pedras. A vítima Wiliam Jhonnatan Silva Palheta foi atingido por disparos de arma de fogo no momento em que deixava o seu local de trabalho, sem que pudesse escapar. Na ocasião, o rapaz estava fechando o estabelecimento comercial no qual trabalhava, Tudo isso porque os milicianos supunham que Wiliam tinha envolvimento com o tráfico de drogas.

Outros crimes

Alguns integrantes do grupo de milicianos de Rio das Pedras, também respondem pelo homicídio de Júlio de Araújo, em 24 de setembro de 2015, morto com vários tiros na cabeça  e que seria uma "queima de arquivo", já que ele poderia fazer denúncias sobre crime anterior cometido por membros da organização criminosa.

Outra vítima do bando foi Jerre Adriano da Silva Gouveia, assassinado no mesmo dia de Júlio. 

Um inquérito, que tramita na Delegacia de Homicídios da Capital,  consta uma relação de homicídios praticados no interior da comunidade que serão objeto de análise pormenorizada nos procedimentos específicos por parte do Ministério Público.


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