Em outubro de 2023, por meio de uma cópia de pesquisa da desenvolvedora Riot Games, hackers roubaram dados pessoais de jogadores. Informações divulgadas, na época do ocorrido, comprovaram que os invasores elaboraram uma pesquisa semelhante à original e encaminharam via e-mail solicitando os dados. Logo após o preenchimento, eles roubaram as informações encaminhadas.
O advogado Bruno Cassol, especialista em Direito Gamer e sócio do escritório Marques & Oliveira Advogados, enfatiza a necessidade de conscientização sobre práticas de segurança digital e o cumprimento da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). Segundo ele, empresas e plataformas que operam no setor de jogos acumulam um vasto volume de dados sensíveis, tanto dos jogadores quanto de seus avatares e interações no ambiente virtual. “Esses dados incluem login, localizações no jogo, interações entre jogadores, sistemas utilizados, mensagens no chat e muito mais. Por isso, é essencial que os jogadores conheçam seus direitos e saibam exercê-los de forma eficaz para garantir sua privacidade”, explica Cassol.
Através de um comunicado nos canais de comunicação, a página Kingdom Laboratories, recomendou a não abertura de nenhum e-mail que contenha a solicitação de preenchimento de formulário de pesquisas. A também advogada Manuela Oliveira, sócia-fundadora do escritório Marques e Oliveira Advogados e especialista em direito gamer, lembra que, no mundo dos jogos eletrônicos, é fundamental que as empresas sigam as normas da LGPD para garantir a privacidade e a proteção de dados. “A LGPD assegura que nossos dados, que são parte essencial da nossa identidade, sejam protegidos mesmo no ambiente virtual. Esses dados podem ser representados de diferentes formas, como o design de um personagem ou skin, o comportamento dentro do jogo, frequência de login, uso de comandos, moedas virtuais (Gold) e até mesmo compras externas vinculadas à conta. Ignorar a legislação pode gerar grandes problemas tanto para os jogadores quanto para as empresas, incluindo sanções administrativas e perda de confiança dos usuários”.