Os ataques aos centros médicos foram flagrados com exclusividade pela rede britânica Sky News nesta terça-feira (28). De acordo com as imagens, foram identificadas evidências da utilização de bombas de fragmentação. Essas bombas, ao explodirem, liberam uma enorme quantidade de projéteis menores, com a finalidade de causar grande número de vítimas, já que, além da concussão causada pela explosão em si, os fragmentos são lançados a alta velocidade em todas as direções, provocando ferimentos graves ou mesmo mortais dentro de uma grande área. Seu efeito sobre uma tropa é devastador: além dos mortos e feridos, causa um pânico generalizado, devido exatamente à sua crueza e brutalidade.
Além da proibição desse tipo de armamento, atacar deliberadamente instalações médicas e áreas civis é considerado um crime de guerra sob a lei internacional. De acordo com a Anistia Internacional, “o Governo Sírio ataca hospitais para causar terror psicológico nos opositores locais, além de, obviamente, reduzir as chances de resgate e tratamento de combatentes e civis”.
A Organização Mundial de Saúde confirmou 20 ataques em 18 instalações diferentes em Idlib - ou um por dia nas últimas três semanas. A cidade de Idlib está superlotada, com centenas de milhares de pessoas, todas opositoras de Bash Al-Assad, que fugiram dos combates em outros lugares da Síria, como na capital Aleppo. Agora, essas centenas de milhares de civis estão presos no principal reduto da oposição, em meio as batalhas entre as Forças do Regime Sírio (apoiada pela Rússia) e grupos rebeldes armados (apoiados pelo Ocidente).
Desde de 2011, a Guerra Civil Síria já matou mais de 600 mil pessoas, e forçou outros 7,6 milhões a deixarem suas casas.