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Madrasta pega trinta anos de cadeia pela morte de enteada de dois anos

Criança foi agredida no rosto, tórax, abdômen, dorso, braços e pernas, em março de 2023, em Guaratiba

Por Portal Eu, Rio! em 31/01/2025 às 11:13:35
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Patrícia Ribeiro foi condenada pela morte da enteada de dois anos, Quênia Gabriela, ferida em 59 diferentes pontos do corpo, de acordo com laudo da perícia. Foto: Ascom PCERJ

O Conselho de Sentença do 4º Tribunal do Júri da Capital condenou Patrícia André Ribeiro a 30 anos de reclusão, em regime fechado, pela morte da enteada Quênia Gabriela Oliveira Matos de Lima, de apenas dois anos. O crime ocorreu em março de 2023, em Guaratiba, na Zona Oeste do Rio. Segundo a denúncia, a madrasta teria agredido a criança, atingindo face, cabeça, tórax, abdômen, dorso, braços e pernas da menina.

Pai foi absolvido e madrasta condenada pela morte de Quênia Gabriela, de dois anos. Foto: Acervo Pessoal

O pai de Quênia, Marcos Vinicius Lino de Lima, foi absolvido pelos jurados. Para eles, o genitor não concorreu para a prática do crime. Com isso, a prisão preventiva de Marcos Vinicius foi revogada com decretação de expedição de alvará de soltura. O julgamento foi realizado na quarta-feira (29/1).

A Polícia Civil foi acionada, no dia 9 de março de 2023, após receber a denúncia da Clínica da Família Hans Jurgen Fernando Dohmann, em Guaratiba, na Zona Oeste. A médica da unidade relatou que a menina, trazida pelo pai (Marcos Lino), apresentava "sinais severos de violência", como queimadura no umbigo, fissura no ânus e que a criança não teria sido alimentada há, pelo menos, três dias.
Segundo o laudo médico, Quênia Gabriela tinha 59 lesões por todo o corpo: 17 no abdômen, 16 no dorso, 12 no rosto, 7 nas pernas e 6 nos braços, além de sinais de abuso sexual. Os hematomas, alguns novos e outros antigos, revelaram uma rotina de agressão física e maus-tratos vivida dentro de casa.
No dia 16 de março de 2024 a Polícia Civil encerrou dois inquéritos referentes ao homicídio da menina. No primeiro, foram presos em flagrante e indiciados o pai, Marcos Vinicius Lino, e a madrasta, Patrícia André Ribeiro. Além dos responsáveis, também foi aberto um inquérito para apurar se houve omissão por parte da creche da menina. Cinco pessoas ligadas à unidade escolar da vítima, em Guaratiba, foram indiciadas: as duas sócias da instituição, a coordenadora, a recreadora e a auxiliar de recreação de Quênia.
Neste inquérito, as profissionais foram acusadas com base no artigo 26 da Lei 14.344/22, a Lei Henry Borel. Esse dispositivo prevê pena de seis meses a três anos de detenção por deixar de comunicar à autoridade pública a prática de violência, e tratamento cruel contra criança ou adolescente.


Processo nº 0029718-34.2023.8.19.0001

Fonte: Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro

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