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"O estado é laico, mas eu sou cristão", afirma Bolsonaro

Em seu discurso, Bolsonaro perguntou a plateia se não seria a hora da corte ter um integrante evangélico.

Por Jonas Feliciano em 01/06/2019 às 12:26:36

Ao lado do pastor Silas Malafaia, Jair Bolsonaro faz oração. Foto: Reprodução

No final da noite desta sexta-feira (31), o presidente Jair Bolsonaro publicou um vídeo, em seu perfil oficial no Twitter, onde afirma que apesar do estado ser laico, ele é cristão. "Terrivelmente cristão", disse parafraseando Damares, a Ministra dos Direitos Humanos.

Ainda segundo a fala do atual chefe do executivo, o Supremo Tribunal Federal (STF) precisa de um integrante evangélico.

"O Supremo está discutindo se a homofobia pode ser considerada racismo. Desculpe aqui o STF, eu o respeito. Jamais atacaria o outro poder, mas pelo que parece estão legislando. Eu pergunto aos senhores: o estado é laico, mas eu sou cristão. Se me permitem plagiar a Ministra Damares: eu também sou terrivelmente cristão. Então, com todo o respeito ao Supremo Tribunal Federal, eu pergunto-lhes: existe algum, entre os 11 ministros do Supremo, evangélico?", questionou Bolsonaro.

Em seu discurso, ele ainda afirmou que não pretende misturar a justiça com a religião, mas perguntou a plateia se não seria a hora da corte ter um integrante evangélico. Neste momento, o presidente foi aplaudido de pé por algum tempo.

Vale destacar que o Estado brasileiro não possui uma religião oficial. Contudo, isso não significa que o país não acredite em Deus ou mantenha algum tipo de oposição às manifestações religiosas dos seus cidadãos. Pelo contrário, já que o Brasil possui uma pluraridade cultural, é importante que todos as suas religiosidade sejam respeitadas, sem discriminação ou qualquer tipo de intolerância.

Ministros do STF

Um ponto importante a ser lembrado é que, ainda no Governo Bolsonaro, dois ministros devem se aposentar: Celso de Mello e Marco Aurélio. O primeiro foi indicado pelo ex-presidente José Sarney, em 1989. Celso vai ser o primeiro a se aposentar no mandato de Jair Bolsonaro. Provavelmente, em novembro de 2020, quando completará 75 anos.

Em seguida, o indicado pelo ex-presidente Fernando Collor de Mello, no ano de 1990, Marco Aurélio Mello completará 75 anos no mês de junho de 2021. A data em que deve ser substituído por outro magistrado.

Com a saída destes nomes, alguns candidatos já começam a serem citados. Nas redes sociais, o ex-juiz e atual Ministro da Justiça, Sérgio Moro, surge como um dos mais fortes para ocupar uma cadeira da Suprema Corte.

Com a declaração sobre um possível ministro evangélico, o juiz Marcelo Bretas foi apontado nas redes como outra possibilidade, pois além da sua atuação na Lava-Jato, o magistrado é cristão e atenderia os requisitos do presidente. Na manhã deste sábado (1), nos trendings topics do Twitter, o nome de Bretas ficou entre um dos assuntos mais comentados.


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