As missões de Tite até 2022

A CBF vai anunciar até o final deste mês a renovação do contrato de Tite. O treinador, que está à frente do comando técnico do Brasil desde 2016, ficará na Seleção até 2022.

Tite foi contratado para salvar o Brasil do vexame de ficar fora da Copa do Mundo da Rússia. Ele assumiu a Seleção Brasileira após a eliminação precoce na Copa América Centenário. Na ocasião, a equipe então treinada por Dunga sequer passou da primeira fase do torneio.

O treinador é visto como "solução" pela CBF, para um trabalho à longo prazo, para formar um grupo visando o Mundial do Qatar. A permanência dele atinge em cheio o anseio dos torcedores brasileiros que querem na Seleção um treinador vibrante, capaz de renovar e dar outra identidade ao futebol brasileiro.

Ele fez o povo brasileiro esquecer os apelos pela contratação de um treinador estrangeiro com farto conhecimento do futebol mundial e capacidade de renovar uma Seleção que ficou arrasada após da vergonhosa por 7 a 1 para a Alemanha. Nomes como o de Pep Guardiola, Maurício Pellegrini e Jorge Sampaoli,fazem parte do passado.

Está provado que ele tem mentalidade nova de demonstrou capacidade de promover mudanças no futebol brasileiro. O fato de Tite, enquanto treinador do Corinthians, ter sido símbolo emblemático dessas virtudes contribuiu para que fosse identificado como a pessoa que poderia criar outro modelo, estilo, uma nova Seleção Brasileira.

De acordo com pesquisas divulgadas nos últimos dias por alguns veículos de comunicação, ele tem quase 100% de aprovação popular. O treinador acendeu uma nova perspectiva para o futebol brasileiro.

Até o Qatar, Tite terá outras missões pela frente. A primeira será a Copa América, que depois de 30 anos, será realizada no Brasil. O torneio será o pontapé inicial para o trabalho de renovação da Seleção Brasileira.

Em setembro, a Seleção Brasileira vai fazer o primeiro amistoso pós-Rússia, contra os Estados Unidos, em Nova York, que vai servir para promover o Mundial de 2026 que será realizado em três sedes: Estados Unidos, México e Canadá.

CURTINHAS: 

SELEÇÃO OLÍMPICA: Apesar de não ter confirmado oficialmente a permanência de Tite no cargo, pessoas próximas ao CEO da CBF, Rogério Caboclo, entendem que o treinador deveria comandar a Seleção no Pré-Olímpico visando os Jogos de Tóquio, em 2020. Tite e sua comissão técnica estão avaliando a possibilidade de fazer um trabalho de curto prazo.

SUSPENSE: O único cenário que poderia fazer Tite mudar de ideia de permanecer ma Seleção Brasileira seria uma proposta de um grande clube da Europa. Vale lembrar que antes de ser contratado para substituir Dunga, o treinador teve duas ofertas do exterior: Seleção do Japão e Genoa, da Itália. Na ocasião, Tite agradeceu as ofertas e disse que seu único objetivo seria chegar ao comando do time brasileiro.

PLANO B: Nos corredores da CBF, dizem que Rogério Caboclo tem três opções caso Tite decida deixar o comando da Seleção Brasileira. Na mesa estão os nomes de Cuca, Mano Menezes e Renato Portalluppi. Cuca está disponível no mercado. Mano Menezes, que teve relação conturbada com o ex-presidente Marco Polo Del Nero, é bem visto pela entidade. Renato Portalluppi, que é apontado por muitos como o melhor treinador em atividade no futebol brasileiro, corre por fora.

GRANA EXTRA: Este ano, Tite estrelou comerciais da Samsung, Cimed, Uninassau e Itaú. Foi figurinha carimbada durante a Copa do Mundo. De acordo com o mercado publicitário. O treinador fez um belo "pé de meia" arrecadando R$ 15 milhões atuando como garoto-propaganda.A imagem positiva e a credibilidade fez o treinador ficar com o passe avaliado em pouco mais de R$ 3,7 milhões.

ATUALIZANDO: Tite comandou a Seleção Brasileira em 26 jogos, com vinte vitórias, quatro empates e com apenas duas derrotas: a da eliminação para a Bélgica, derrota por 2 a 1, nas quartas de final da Copa do Mundo e o amistoso para a Argentina quando foi superado por 1 a 0. O time só sofreu oito gols nesse período.