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Presidente do TRF4 decide manter Lula preso e PT conclama militância às ruas

Carlos Eduardo Thompson Flores Lens disse que o caso compete ao relator do processo, desembargador João Gebran Neto

Por Anderson Madeira em 10/07/2018 às 10:54:23

O ex-presidente Lula continuará preso em Curitiba. (Agência Brasil)

O presidente do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), desembargador Carlos Eduardo Thompson Flores Lens, decidiu na noite deste domingo manter o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na prisão, em Curitiba. Ele disse que o caso compete ao relator do processo, desembargador João Gebran Neto, e não ao desembargador de plantão hoje, Rogério Favreto, que tinha determinado mais cedo a soltura.

O presidente do TRF4 tomou a decisão após manifestação da Procuradoria Regional da República da 4ª Região, que pedia que Flores decidisse quem era o responsável pelo caso.

"Rigorosamente, a notícia da pré-candidatura eleitoral do paciente é fato público/notório do qual já se tinha notícia por ocasião do julgamento da lide pela 8ª Turma desta Corte. Nesse sentido, bem andou a decisão do Desembargador Federal Relator João Pedro Gebran Neto. Determino o retorno dos autos ao gabinete do desembargador federal João Pedro Gebran Neto, bem como a manutenção da decisão por ele proferida", disse Flores, em referência à decisão que manteve Lula na prisão.


Presidente do PT conclama o povo
A presidente nacional do PT, senadora Gleisi Hoffmann, conclamou o povo a ir às ruas defender a liberdade de Lula. Ela participou do ato Lula Livre no Sindicato dos Metalúrgicos, em São Bernardo do Campo, ao lado do presidente estadual do PT, Luiz Marinho, o deputado federal Carlos Zarattini, e representantes do MTST, CUT e da Frente Povo sem Medo.

"Vamos todos às ruas para dizer que não vamos aceitar isso, porque a libertação de Lula é a libertação de um povo que está cansado de sofrer, cansado do desemprego, cansado de pagar botijão de gás caro. Amanhã é dia de bandeira empunhada com muita força de vontade e muita garra para enfrentar esses golpistas e esse judiciário do Sul que é uma vergonha para o povo brasileiro", discursou a dirigente.

Um dos autores do pedido de habeas corpus que originou na liminar de Favreto, o deputado federal Wadih Damous (PT-RJ), afirmou que Lula é vitima de perseguição judicial e que ele é um preso político.

" O que aconteceu hoje demonstrou da forma mais cabal a perseguição judicial ao presidente Lula, que é um preso político.Sérgio Moro, um juiz de piso, que se acha dono do corpo do presidente Lula, sem sequer ser provocado formalmente, interferiu em cumprimento de decisão superior, indicando à Polícia Federal o descumprimento da ordem de um desembargador. Não vamos descansar. Utilizaremos todos os instrumentos jurídicos possíveis e em todas as instâncias. Mas só nas ruas vamos garantir a liberdade do presidente Lula. Por tudo isso, a hora é de intensificar a organização dos Comitês em Defesa da Democracia e da Liberdade do Lula para denunciar esse judiciário fascista", conclamou o parlamentar.

Lula está preso na Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba, desde o dia 7 de abril, por determinação do juiz Sérgio Moro, que determinou a execução provisória da pena de 12 anos de prisão na ação penal do triplex do Guarujá (SP), após o fim dos recursos na segunda instância da Justiça.

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