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Moradores criam WhatsApp para relatar milícia e quadrilha acaba denunciada

Eles alimentavam policiais com informações que ofereceram denúncia a 12 milicianos

Por Mario Hugo Monken em 05/06/2019 às 15:04:57

Moradores da comunidade Santa Maria, em Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio, criaram um grupo de WhatsApp para abastecer policiais civis da Delegacia de Repressão ás Ações Criminosas Organizadas e Inquéritos Especiais (DRACO) com denúncias sobre a milícia que atua no local.

A medida acabou tendo resultado. Nesta quarta-feira (5), o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) anunciou que ofereceu denúncia contra 12 integrantes da milícia que, desde o segundo semestre de 2018 até os dias atuais, atuam na região.

As investigações foram conduzidas pelo GAECO/MPRJ e pela Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (DRACO) que, na terça-feira (04/06), obteve êxito em localizar e prender Marcos Silva da Rocha (vulgo Bicudo), envolvido nos crimes imputados na denúncia e apontado como uma das principais lideranças da milícia atuante na região.
 
Em Santa Maria, o grupo pratica crimes como extorsão a moradores, comerciantes e prestadores de serviço (pela ‘oferta’ de segurança), roubos, estupros, lesões corporais, exploração de sinais clandestinos de internet, tv a cabo e monopolização da venda de botijões de gás e água, além de receptação veículos e cargas roubadas, com utilização de armas de fogo, inclusive restritas, e explosivos. Aponta o MPRJ que a organização é caracterizada pela divisão de tarefas, com a presença de membros incumbidos da gestão do esquema criminoso; seguranças designados para proteção pessoal dos chefes do bando; soldados; cobradores ou recolhedores; e olheiros.
 
Segundo a denúncia, um traço marcante da organização criminosa é a utilização de violência e covardia contra todos aqueles que, de alguma forma, atrapalhem seus interesses, seja pela recusa do pagamento das ‘taxas’, pela tentativa de fuga dos monopólios comerciais ou pelo acionamento das autoridades de segurança pública. Nessa linha, moradores e comerciantes, com alguma frequência, tiveram seus imóveis invadidos, bens roubados, e sofreram agressões físicas, inclusive com casos de mulheres estupradas.
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