O ministro das Relações Exteriores, Boris Johnson, pediu demissão nesta segunda-feira, horas após a renúncia, na noite de domingo do ministro responsável pelas negociações do Brexit, David Davis. Um terceiro membro do governo, Steve Baker, o secretário do Departamento para a Saída da União Europeia, também se demitiu.
Apenas três dias atrás, May parecia ter acertado um acordo com o seu rachado gabinete no relacionamento pós-Brexit do Reino Unido com a UE. Esse plano está em frangalhos e seu futuro político parece incerto.
A primeira-ministra compareceu ao Parlamento Inglês nesta segunda-feira à tarde para defender seu plano, minutos depois a assessoria oficial do governo confirmou a saída de Johnson. Em sua declaração aos membros do Parlamento, May reconheceu as divisões em seu governo. Em relação à demandada afirmou: "Nós não concordamos sobre a melhor maneira de entregar nosso compromisso compartilhado de honrar o resultado do referendo."
Debandada geral no plano Brexit
O mais recente drama político inglês começou tarde da noite de domingo, quando Davis desistiu. Declarou que não poderia apoiar o plano Brexit de maio. Ele disse que desenvolveu um relacionamento muito próximo com a UE.
A decisão de Boris Johnson, ex-prefeito de Londres, de apoiar o Brexit, foi considerada crucial quando a questão foi levada a um referendo, dois anos atrás. Ele se tornou uma figura de destaque na campanha "Leave".
De acordo com Jeremy Corby, líder da oposição no parlamento, "Essa bagunça é de responsabilidade dos primeiros-ministros. Dois secretários de Estado renunciaram e ainda não sabemos qual será nosso futuro relacionamento com nossos vizinhos mais próximos e maiores parceiros comerciais".
Durante esta segunda-feira, a libra esterlina caia no mercado internacional. No Brasil, a moeda o Reino Unido despencou quase 1%, vendida a R$5,11.