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Da cadeia, traficante espalhava covardia e humilhação a moradores de Jurujuba

Quadrilha responde só este ano a cinco processos na Justiça por crimes de tortura contra moradores das localidades.

Por Mario Hugo Monken em 07/06/2019 às 11:07:16

Quadrilha de Léo Traça responde só este ano a cinco processos na Justiça por crimes de tortura contra moradores das localidades. Foto: Divulgação

A quadrilha de Leonardo Caldas de Araújo, o Léo Traça, que está preso mas ainda controla várias favelas da região de Jurujuba, em Niterói, responde só este ano a cinco processos na Justiça por crimes de tortura contra moradores das localidades.

Em um dos casos, uma vítima relatou que traficantes identificados como Pedro Henrique, Gabriel , João Vitor e um adolescente, todos armados, falaram que o ´chefe´ Leo Traça queria conversar com ela através de uma chamada de vídeo, tendo o criminoso lhe dito que deveria sair da comunidade por ser genro de um policial militar, o que diante da grave ameaça e e violência foi acatado pelo bando e sua família no mesmo instante , frisando que teve que sair da comunidade apenas com a roupa do corpo, sendo escoltado pelos traficantes até uma pracinha. 

Em outro caso, um pescador de atum contou que, em frente da sua casa, há traficantes vendendo drogas continuamente. Que após passar 25 dias em alto mar, os bandidos invadiram sua residência ameaçando matar sua esposa e filha com a justificativa de que o rapaz tratava-se de ´X9´, pois havia tido uma operação no local tendo sido o seu nome mencionado. Os criminosos invadiram a sua residência e expulsaram ele e sua família. Revistaram todo o local e, após, empunharam uma arma de fogo na sua cabeça, obrigando-o a falar, por telefone, com o chefe do tráfico, Léo Traça. O bandido ordenou que o pescador e sua família saíssem imediatamenbte de Jurujuba e não retornassem mais. Todos saíram com a roupa do corpo.

Um policial militar que morava em uma das localidades também foi vítima do bando de Léo Traça. Ele disse que foi ameaçado de morte pelos criminosos sob alegação de que fornecia informações para a realização de operações policiais.

Uma outra vítima, relata os autos, viveu um verdadeiro "filme de terror" imposto pelos criminosos. Ela foi expulsa do local onde mora por decisão do tráfico. De acordo com a denúncia, o comportamento da vítima não teria agradado os réus, que o ´julgaram´ e lhe ´aplicaram´ a pena que entenderam cabível.

Relatos de moradores da pacata colônia de moradores do bairro de Jurujuba, que narram de forma detalhada o atuar do tráfico, impondo-lhes as penas que entendem cabíveis, sem qualquer amparo legal, e usando para isso de violencia fisica e agressão.

Em mais um episódio, mais uma vítima relatou que, no mês de maio de 2018, extremamente abalada psicologicamente e temendo por sua vida e de sua família, foi obrigada a abandonar sua residência, juntamente com sua esposa, após ser constrangida, pelos denunciados, com emprego de grave ameaça como forma de aplicar castigo pessoal.

Esta semana, a Polícia Civil realizou operação para cumprir mandados de prisão contra a organização criminosa de tráfico de drogas que atua em Jurujuba. Treze pessoas foram presas.  

Os mandados foram cumpridos nas localidades de Jurujuba, Cascarejo e Peixe Galo, em Niterói e Bacaxá, em Saquarema, na Região dos Lagos. Os presos vão responder pelos crimes de tráfico de drogas e associação para o tráfico. 

A operação foi resultado de uma investigação da 79ª DP que apura o tráfico de drogas naquela região.


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