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PM diz que investiga policiais suspeitos de envolvimento com Peixão

Traficante comanda a venda de drogas nas comunidades Cidade Alta, Parada de Lucas e Vigário Geral

Por Mario Hugo Monken em 07/06/2019 às 20:41:22

Moradores da comunidade Cinco Bocas, em Brás de Pina, estenderam faixas na entrada da favela acusando PMs de ajudar o traficante. Foto: Divulgação

A Polícia Militar informou ao Portal Eu Rio, nesta sexta-feira (7), que existe uma investigação sobre policiais militares suspeitos de envolvimento com o traficante Álvaro Malaquias Santa Rosa, o Peixão, que comanda a venda de drogas nas comunidades Cidade Alta, Parada de Lucas e Vigário Geral, todas na Zona Norte do Rio.

Entretanto, alegou que não poderia passar informações sobre seu conteúdo devido ao trabalho estar em andamento.

Uma das denúncias recebidas pela corporação fala que os agentes do GAT (Grupo de Ações Táticas) supostamente receberiam R$ 13 mil somando sexta, sábado, domingo e segunda. Os policiais do PPC (Posto de Policiamento Comunitário) do Jardim América ganhariam R$ 1.500,00 (sexta sábado e domingo) . Já o PPC do Mercado São Sebastião levaria R$ 1.000,00 (sexta sábado e domingo). Os Setores C, E e F teriam R$ 500,00 (sexta sábado e domingo) e o Serviço Reservado (P2), R$ 25 mil por semana. Todo esse dinheiro supostamente pago seria dividido entre os componentes de cada guarnição e seus comandantes.

Na semana passada, moradores da comunidade Cinco Bocas, em Brás de Pina, que foi invadida pelo bando de Peixão, estenderam faixas na entrada da favela acusando PMs de ajudar o traficante. Em uma delas estava escrito: "16º BPM tem lado. Em guerra de facção, lado do Peixão". Uma outra estampava: "16º BPM Anjos do Peixão, Corrupção".

Em 2017, chegou a ser anunciado pelo Ministério Público Estadual de que a 6ª Promotoria de Justiça de Investigação Penal iria requerer à Auditoria de Polícia Militar a instauração de procedimento investigatório para apurar o possível envolvimento de policiais militares do 16º BPM (Olaria) com os traficantes do conjunto habitacional Cidade Alta, em Cordovil. O Portal Eu Rio questionou a Promotoria no início da semana para saber se a investigação foi àfrente mas não obteve resposta até o momento.

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