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Ações ambientais de escola municipal tem reflexos positivos em dois dos bairros mais pobres da cidade

Coleta seletiva de lixo, reaproveitamento de alimentos e ecoponto para recolher óleo de cozinha usado foram iniciativas pioneiras

Por Portal Eu, Rio! em 12/06/2019 às 15:53:14

Entrada da escola municipal Ana de Barros Câmara, que sedia projetos ambientais favorecendo os bairros de Acari e Coelho Neto Foto EDI Barros Câmara

As professoras Jéssica Duarte de Carvalho Rodrigues e Angélica Lisboa Guimarães apresentaram na Câmara Municipal do Rio de Janeiro o projeto pedagógico da escola Ana Barros Câmara, que inclui ações de sustentabilidade. De acordo com as docentes, a unidade fica entre Acari e Coelho Neto – uma das regiões com menor IDH da cidade –, mas as pequenas ações da escola estão representando significativo resultado na comunidade.Pelo ranking mais recente da Prefeitura, realizado com base no Índice de Desenvolvimento Social (IDS), que combina saneamento, escolaridade e renda média como itens principais, Coelho Neto fica em 103º e Acari em 153º lufgar entre os 158 bairros da cidade.


A escola já realizava coleta seletiva do lixo, agora ensina aos alunos sobre reaproveitamento de alimentos, arboviroses (zika, dengue, chikungunya, as principais), plantas medicinais e como produzir menos lixo. Os professores ainda criaram um ecoponto para recolher óleo de cozinha usado, que já recebeu 300 litros neste ano. Agora a escola tem como meta ampliar a horta e coletar água da chuva e do ar condicionado.

A apresentação foi um dos destaques da reunião da Frente Parlamentar em Prol da Elaboração das Políticas Públicas para o desenvolvimento dos Bairros Sustentáveis e em Prol do Fomento e Aprimoramento das Políticas Públicas Municipais de Educação  Ambiental (Promea) nessa quarta-feira (12). A iniciativa do encontro foi do vereador Professor Célio Luparelli (DEM), com a finalidade de conhecer propostas de escolas e da Secretaria Municipal de Transportes (SMTR). Lupparelli afirma que pretende divulgar o trabalho das professoras nas mídias sociais e cobrar apoio da prefeitura. "Nosso papel é dar visibilidade aos bons exemplos e levar as demandas ao Poder Executivo".


Representando a Secretaria Municipal de Transportes, Luiz César Peruci do Amaral apresentou dados que foram utilizados no início dos debates para a elaboração do Plano de Mobilidade Urbana Sustentável, previsto no Decreto 45781/2019. O servidor destaca que em todo o mundo há exemplos de colapso de sistemas de transporte baseados na lógica automobilística. A solução adotada tem sido privilegiar, na seguinte hierarquia, os meios de locomoção: pedestres, ciclistas, transporte público, transporte de cargas e veículos particulares.


No Rio de Janeiro, dados de 2014 apontam que os principais deslocamentos pela cidade ocorrem entre a casa e o trabalho (33%) ou estudo (22%). Entretanto, a maior parte dos projetos e construções de imóveis do programa Minha Casa Minha Vida ocorrem em áreas distantes da região central da cidade, onde está a maioria dos empregos. O transporte público na cidade abriga 47% dos deslocamentos, enquanto 23% são realizados em carros particulares.

Os carros e motos são mais usados por pessoas com renda maior do que cinco salários mínimos e as bicicletas são mais usadas por quem recebe menos do que dois salários mínimos, mas são justamente as regiões mais ricas da cidade que possuem maior rede de ciclovias.

O principal desafio apontado pelo técnico é melhorar o transporte público para que aumentar sua aceitação entre os usuários de maior renda, além de ampliar o uso do bilhete eletrônico e promover a interoperatividade entre modais.

O vereador Prof. Célio Lupparelli destaca a importância do transporte público como direito social, para viabilizar o acesso à saúde, à educação e à cultura.

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