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Associação de moradores recorre a Prefeitura do Rio para garantir a função social do Grajaú Tênis Clube

A avaliação do imóvel é de R$ 2 milhões

Por Jonas Feliciano em 14/06/2019 às 19:44:29

Imagem: Grajaú Tênis Clube

A Associação de Moradores do Grajaú (AMGRA) vai recorrer na Prefeitura do Rio de Janeiro para garantir a função social do Grajaú Tênis Clube, na Zona Norte carioca. Nesta sexta-feira (14), a coluna do jornalista Ancelmo Góes anunciou que a sede do clube vai ser leiloada. Por meio de um ofício, a presidente da AMGRA, Nice Carvalho, solicitou algumas ações. Ela também prometeu se encontrar com Marcelo Crivella para tentar amenizar a possível perda para o bairro.

Para Nice, o clube é um dos símbolos do bairro e, por tal motivo, os moradores não podem deixar que a sua história seja apagada.

"Foi ao redor do Grajaú Tênis Clube que o bairro cresceu. Hoje, ele continua sendo um local de lazer onde os seus associados dispõem de quadras de tênis, ginásio, piscina, pista de patinação sobre rodas e áreas para a recreação. Além disso, a sede é tombada pela Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro devido o seu papel histórico, social e cultural, conquistado ao longo desses 93 anos. Não podemos apagar essa história tão linda", destacou Nice.

Vale destacar que há nove décadas o Grajaú Tênis Clube (GTC) funciona na Avenida Engenheiro Richard. Em setembro deste ano, vai completar 94 anos de atividades sociais e desportivas. De acordo com informações dos autos de um processo que trâmita na 32° Vara do Trabalho do Rio de Janeiro, o leilão da sede deve ocorrer por causa de uma dívida trabalhista.

O próximo leilão está previsto para acontecer no próximo dia 18 de junho. A avaliação do imóvel é de R$ 2 milhões. Além da autora do processo, a Prefeitura do Rio e um grupo hospitalar aparecem como terceiros interessados na ação judicial.

Sérgio Sapo, atual presidente do GTC, conversou com o Eu,Rio! sobre a situação do clube. Segundo ele, apesar do cenário desfavorável, foram feitas tentativas de negociação, mas a autora da ação não aceitou as propostas.

"Essa ação já rola a 25 anos. Já passamos por um leilão e não aconteceu nada. Agora, iremos para o segundo. Infelizmente, é uma situação triste, pois somos um clube com quase 94 anos de existência. Fazemos ações sociais, somos zona eleitoral, posto de vacinação, empregamos de 60 a 70 pessoas e atendemos quase 700 crianças. Nós não estamos nos negando a pagar as dívidas, mas as partes não aceitaram as nossas propostas. A atual administração está trabalhando para isso. O GTC merece ficar aqui", explicou Sapo.

O jornalista da Rádio Nacional, Mário Silva, também lamentou a situação do tradicional espaço grajauense. Durante 14 anos, nas décadas de 60 e 70, ele frequentou os áureos tempos do GTC.

"Esse clube já foi um dos mais tradicionais do Rio de Janeiro. Durante anos, realizou grandes bailes de carnaval e foi um local de intensa atividade social do Grajaú e de toda a cidade. Berço de grandes times de futebol de salão e jogadores. É lamentável este momento, essa crise que atinge diversos clubes tradicionais do Rio. Espero realmente que não percamos mais um símbolo dos grandes tempos da capital carioca", relembrou Mário.

         
  
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