A milícia que tinha Luiz Gustavo de Lima Nascimento, o Balrog, como integrante e principal alvo dos atiradores que mataram quatro pessoas e feriram outras 13, no último sábado (29), em Belford Roxo, na Baixada Fluminense, contava com policiais militares e é suspeita de diversos homicídios cometidos desde 2017.
O grupo passou por uma renovação em seu comando em razão da prisão de seus dois principais líderes, Dito e o policial militar conhecido como Velho. Quem assumiu o poder foi Ronald Elias Pereira Valente, o Jaquinha. O Disque Denúncia oferece uma recompensa de R$ 1 mil para quem prestar informações que ajudem na captura de Jaquinha.
Essa milícia domina as áreas de Shangri-lá, Nova Aurora e Bela Vista. Além de Velho, outros dois PMs são citados em processos na Justiça como participantes do bando e foram presos também.
De acordo com os autos, o grupo teria sido o responsável pelos homicídios de Jaldenir Nascimento dos Santos, Brunei Evaristo da Silva, Denis Gutemberg Pereira Lima e Marcelo Oliveira de Souza.
Recentemente, essa milícia foi apontada também como envolvida nos homicídios de dois adolescentes de 15 e de 16 anos, que foram sequestrados, torturados e mortos.
Também foi citado no processo que a milícia poderia estar envolvida na morte do sobrinho de um policial militar que é ligado a outro grupo paramilitar.
A maioria destas informações foi repassada para a polícia por intermédio de um ex-integrante do grupo que fez delação premiada mas acabou morto no ano passado.
A milícia de Jaquinha é suspeita de praticar roubos de veículos, roubo de cargas, adulteração de veículos, receptação, explorar TV a cabo clandestina (gatonet), além de homicídios. O grupo tinha até uma fábrica clandestina de calçados.