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Milícia da Penha cobrava R$ 3.600 de juros por mês com agiotagem

Milícia da Penha cobrava R$ 3.600 de juros por mês com agiotagem O grupo atuava também no bairro de Brás de Pina, na Zona Norte do Rio

Por Mario Hugo Monken em 02/07/2019 às 19:58:38

Milicianos exploravam a agiotagem na Zona Norte do Rio. Foto: Reprodução

Um dos negócios que a milícia está explorando bastante nos últimos tempos é a agiotagem, ou seja, empréstimo de dinheiro com juros exorbitantes. Uma investigação feita pela polícia revelou como os paramilitares lucravam com essa atividade.

O caso em questão envolvia a milícia que tinha atuação nos bairros de Brás de Pina e Penha, na Zona Norte do Rio, que teve os chefes presos nos últimos anos.

Uma testemunha contou que um conhecido pegou um empréstimo com os milicianos no valor de R$ 3 mil. Essa pessoa morreu e a dívida ficou para ela. Em quatro meses, o débito com a quadrilha passou para R$ 18 mil já que os bandidos cobravam cerca de R$ 3.600 de juros ao mês.

Como não tinha dinheiro para pagar a dívida, a vítima acabou aceitando dirigir para um dos cabeças da quadrilha, Marquinhos Tiroteio, que foi preso, e abatia da dívida os valores com o serviço.

A cobrança das dívidas era feita mediante a grave ameaça, segundo a investigação.

Conforme apurado, a milícia atuava principalmente nas ruas Castro de Menezes, Surui e Orica, em Brás de Pina, e na Rua Conde de Agrolongo, na Penha.

Os paramilitares atuavam cobrando valores indevidos e ilegais de comerciantes e moradores, ameaçando com arma de fogo, sob a desculpa de exercerem a ‘segurança’ da região. Os valores chegavam a R$ 250,00 semanais.

Consta ainda que os milicianos controlavam a distribuição e instalação clandestina de televisão a cabo, popularmente conhecida como ´gatonet´, cobrando valores de R$ 80,00 para a instalação e R$ 40,00 como mensalidade, sendo os recolhimentos realizados mensalmente na casa dos clientes.

Além disso, os criminosos controlavam os pontos de transporte alternativo da região, conhecidos como ´moto-táxi´, cobrando valores indevidos e ilegais dos motoqueiros.

A mesma quadrilha tentou expandir seus negócios para o bairro de Saracuruna, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense.


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