Em coletiva, organização da Copa América elogia torneio no Brasil

Em entrevista coletiva realizada nesta sexta-feira (5) no estádio do Maracanã, na Zona Norte do Rio, representantes da Conmebol e da Copa América elogiaram a organização do evento realizado no Brasil.

Para o diretor de competições de seleções da Conmebol, Hugo Figueredo, "não houve nenhum problema" e a segurança esteve "excelente" em todas as cidades que receberam as partidas e reiterou que não houve "nenhum inconveniente" em todo o torneio.

Realçando as palavras de Figueiredo, o gerente de competições da Copa América, Thiago Januzzi, aproveitou para agradecer todo o apoio da entidade sul-americana e das pessoas envolvidas com a competição. Ele também apresentou dados oficiais sobre o público, que até o momento foram de mais 800 mil pessoas presentes nos estádios. Além disso, de acordo com a organização, mais de 25% do público veio de fora do país.

VAR e lugares vazios

Tanto Figueredo como Januzzi responderam perguntas sobre os estádios vazios nos primeiros jogos e a polêmica com o VAR envolvendo a seleção argentina na semifinal. O dirigente da Conmebol falou que o árbitro de vídeo é uma ferramenta muito boa e o balanço do recurso foi "positivo", mas não tocou na polêmica partida da semi.

"O VAR é uma ferramenta muito agradável e o nosso balanço é positivo. Se falarmos sobre situações pontuais teríamos que ficar analisando um tempo maior que o da coletiva. A experiência desse recurso foi muito boa para a competição", contou o dirigente da Conmebol.

Já Januzzi admitiu que as primeiras partidas tiveram um público abaixo do esperado, mas ressaltou que a organização trabalhou durante a competição para resolver o problema.

"Realmente tivemos uma grande quantidade de lugares vazios nas primeiras rodadas. Isso aconteceu porque alguns bilhetes foram bloqueados ou não aconteceram a venda dos ingressos em sua totalidade. Mas ao longo de toda a competição trabalhamos para que esse problema não se repetisse", afirmou Januzzi.

Anitta marca presença

Quem também esteve na coletiva foi a cantora Anitta, que fará o show de encerramento da competição neste domingo (7). Questionada sobre o que a Copa América deixaria de positivo para a cidade, em especial ao morador pobre, ela contou que o esporte, assim como a música, é um meio que muitos de origem humilde têm para ascender socialmente. Mas reconheceu que é preciso fazer mais.

"No Brasil a gente acaba pecando um pouco na hora de levar o aprendizado desses eventos para as crianças e adolescentes da periferia. Porém, eu acredito que a gente também aprende com cada etapa de cada evento realizado aqui no Brasil. Então da mesma forma que erramos na organização de algo lá atrás, tivemos um aprimoramento nas etapas seguintes. Por exemplo, a Copa América teve uma repercussão muito boa lá fora, bem superior quando comparado com eventos anteriores. Eu estava fora do Brasil e pude perceber isso, pois os comentários foram muito positivos", afirmou Anitta.

A final da Copa América entre Brasil e Peru será neste domingo (7), no Maracanã, às 17 horas (hora de Brasília).