O Centro do Rio foi nesta sexta-feira (5) o endereço certo do funk carioca, com o Festival Massa Funkeira, que celebrou o ritmo musical em grande estilo. A Biblioteca Parque Estadual, ao lado da Praça da República, foi o cenário escolhido para essa celebração, que contou, no inicio da tarde, com um ciclo de debates e mostras de filmes, além de exposição de moda e de registros históricos.
O evento foi uma reverência ao funk, reunindo exposições fotográficas de Alba Fernandes, que registrou bailes das décadas iniciais. Além de moda, literatura, músicas tradicionais dos anos de 1980 e 90. Também foram exibidos os documentários ‘Eu Só Quero É Ser Feliz – Uma Breve História do Funk Carioca”, dirigido por André Fernandess e “Funk Brasil – Cinco Visões’, de Cavi Borges. Além de apresentações dos DJS Marcello e Gibi da Provi.
O Festival é uma realização do grupo Coletivo 7P Conexões, formado por produtores culturais de favelas e periferias do Rio.
“Queremos difundir a cultura negra no Rio. Nosso próximo passo será estudar e estruturar novas histórias falando de outras vertentes musicais e culturais de grande importância para nossa história. Soul, Charme e Rap, por exemplo”, cita Jéssica Yjí, integrante do 7P.
O evento também teve uma roda de debate com o tema “Criminalização do Funk”, com as presenças de Marcelo Gularte (escritor do maior romance em língua brasileira em número de páginas, segundo o Guiness Book, e que conta a história do funk carioca através do romance que têm mais de mil páginas); MC Mano Teko; André Fernandes, fundador da Agência de Notícias de Favelas; e o apresentador do Eu Amo Baile Funk e Rio Parada Funk, Leonardo Barata.
A inspiração para o nome do evento veio da música “Massa Funkeira não me leve a mal, vem com paz e amor curtir o festival”, um dos funks mais famosos do país na década de 1990. A música, que até hoje é lembrada nos bailes funks, é hino desse movimento cultural que surgiu nas periferias cariocas.