Solto em outubro do ano passado após ficar apenas uma semana preso, Marco Antônio Figueiredo Martins, o Marquinho Catiri, continua comandando uma milícia que age na Zona Oeste do Rio. Mesmo depois da Justiça decretar novamente sua prisão preventiva no final de junho.
Segundo as investigações, Marquinho domina um grupo paramilitar que controla as regiões do Catiri, Gericinó e Jardim Bangu e também é chefe da quadrilha que atua nas comunidades Guarda e Águia de Ouro, na Zona Norte da capital.
A milícia de Catiri lucra extorquindo comerciantes e moradores, na comercialização de gás, transportes alternativos, loteamento irregular de solo, dentre outras formas de obtenção de vantagem financeira de forma ilícita. Sabe-se, ainda, que a imposição efetuada por este grupo se dá pela força, o qual quem não concorde com seus métodos impostos, perde seus bens, torna-se refém desses indivíduos e muitos, em casos extremos, pagam com a própria vida.
Moradores enviaram à polícia diversas informações e fotos de milicianos, uma em especial chamou a atenção da investigação. Embora se mantenha no anonimato, o denunciante encaminha diversas fotos, qualificações e telefones de pessoas que alega ser diretamente ligadas aos paramilitares do Catiri e que o motivo da sua indignação com esse grupo especificamente, se dá por ter perdido sua residência para esses milicianos, tendo sido expulso da comunidade.
Marquinho Catiri foi preso em 1º de outubro do ano passado em uma academia localizada em um shopping na Zona Norte do Rio. No dia 9, foi solto beneficiado por um habeas corpus.