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Toffoli suspende investigações contra Flávio Bolsonaro no STF

Senador era investigado pelo TJRJ e teria habeas corpus julgado nesta terça

Por Portal Eu, Rio! em 16/07/2019 às 16:35:17

Foto: Rosinei Coutinho/SCO/STF/Divulgação

Nesta terça-feira (16), quando a 3ª Câmara Criminal do TJRJ (Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro) julgaria o primeiro habeas corpus solicitado pela defesa do senador Flávio Bolsonaro no caso em que o filho mais velho do presidente Jair Bolsonaro é investigado por movimentação ilegal de dinheiro, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli, decidiu suspender todas as investigações que foram baseadas em dados fiscais repassados pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF) e pela Receita Federal ao Ministério Público sem autorização judicial. 

A decisão do ministro foi tomada em um processo que tramita na Corte desde 2017, no qual se discute a legalidade do compartilhamento de informações fiscais sem autorização judicial. Com ela, as investigações que estão em andamento em todo o país só poderão ser retomadas após o plenário da Corte decidir sobre a constitucionalidade do compartilhamento, com o Ministério Público, de dados sigilosos de pessoas investigadas. O julgamento da questão deve ocorrer em novembro. 

A liminar de Toffoli atinge todos os inquéritos e procedimentos de investigação criminal (PIC), apuração interna do MP, que tramitam no Ministério Público Federal (MPF), além dos estaduais, em que não houve prévia decisão judicial para repasse dos dados pela Receita, Coaf e Banco Central. 

"Com base nos fundamentos suso mencionados, considerando que o Ministério Público vem promovendo procedimentos de investigação criminal (PIC), sem supervisão judicial, o que é de todo temerário do ponto de vista das garantias constitucionais que assistem a qualquer indiciado ou a qualquer pessoa sob investigação do Estado, revela-se prudente ainda suspender esses procedimentos que tramitam no território nacional e versem sobre o mesmo tema, de modo a evitar eventual usurpação de competência do Poder Judiciário", decidiu o ministro. 


Fonte: Agência Brasil

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