A milícia que atua em vários bairros de São Gonçalo e que teve quatro integrantes presos na última segunda-feira (16) vende até cartões Riocard, segundo informações levantadas pela Justiça.
Além disso, os paramilitares comercializam armas e recolhem dinheiro dos comerciantes da Rua Mauá, no Porto Velho.
As cobranças são determinadas por Anderson Cabral Pereira, conhecido como Sassa, que mesmo preso há dois anos continua exercendo o poder da quadrilha.
Foi encontrado com uma mulher integrante do bando a quantia de R$1.260,00 em espécie. Ao ser questionada, ela admitiu que o dinheiro arrecadado seria fruto das cobranças dos comerciantes por parte da milícia. Ela disse também que o dinheiro é depositado em uma caixa dos Correios, na Travessa Lafaiete Silva.
Um dos suspeitos presos, Michael de Souza Gomes, já havia sido preso antes na ocasião da chacina do Campo da Brahma em que quatro pessoas foram mortas, mas acabou solto. No interior da sua casa, a polícia arrecadou diversas anotações referentes às cobranças da milícia na região, além da quantia de R$747,00 em espécie.
A sua esposa, Francine, que também está entre os presos, contou que seria comerciante e que um integrante da milícia que está foragido teria exigido uma quantia para funcionar e como não poderia pagar, disse que poderia realizar o ´recolhe´ para a milícia, como um acordo. Relatou ainda que que em certa ocasião esse mesmo miliciano solicitou para guardar uma arma em sua residência