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Chefes do CV em Caxias são alvos da Operação Madre II

Investigações da Delegacia de Homicídios sobre assassinato de PM em Saracuruna revelaram esquema de roubos e execuções para espalhar temor e exercer domínio sobre comunidades da Baixada Fluminense, de acordo com nota divulgada pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro

Por Cezar Faccioli em 24/07/2019 às 09:07:11

O MPRJ, por meio do GAECO, em parceria com a Delegacia de Homicídios da Capital e com o apoio das Delegacias de Homicídios e da Coordenadoria de Recursos Especiais da Polícia Civil (CORE), deflagrou c


A Operação Madre II, deflagrada em Duque de Caxias na manhã de quarta (24), teve como base denúncia ajuizada pelo Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado, do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (GAECO/MPRJ). A denúncia, por sua vez, teve origem nas provas colhidas no inquérito policial 861-00806-2018, que apurou o crime de latrocínio contra o policial militar Douglas Fontes Caluetê, morto no dia 7 de junho de 2018, em Saracuruna. Esse inquérito decorreu de denúncia recebida pela 3ª Vara Criminal de Caxias.

Em junho de 2018, a 7ª Promotoria de Justiça de Investigação Penal da 3ª Central de Inquéritos do MPRJ deflagrou a operação Madre I, que prendeu quatro homens acusados pelo crime de roubo, seguido da morte (latrocínio) do PM Douglas Fontes Caluetê.

As investigações apontaram a prática de associação para o tráfico de drogas, com a utilização de roubos e prática de diversos homicídios como meio de disseminar o temor e exercer o domínio sobre a população local. Todos os denunciados são ligados à facção criminosa conhecida como Comando Vermelho.

O grupo é liderado por Fabio Pereira de Souza, vulgo “Fabinho”, Daniel Rodrigues da Silva, vulgo “Boca Rosa” e Paulo Ricardo de Oliveira Gomes, vulgo “Rex”, que exercem seus poderes através de seus representantes e gerentes, que executam a atividade do tráfico de drogas sob sua orientação. “Fabinho” é o responsável pelo abastecimento de entorpecentes nas comunidades, enquanto “Rex” e “Boca Rosa” possuem o poder de comando nas comunidades de Parada Angélica e Santa Lúcia, controlando a distribuição das cargas de drogas e o lucro obtido com as vendas, e orientando o grupo quanto ao posicionamento de “olheiros” e “radinhos”, que avisam quando da chegada de policiais aos locais, sempre de acordo com as apurações da Delegacia de Homicídios.

O MMPRJ, por meio do GAECO, em parceria com a Delegacia de Homicídios da Capital e com o apoio das Delegacias de Homicídios e da Coordenadoria de Recursos Especiais da Polícia Civil (CORE), deflagrou como desdobramento das investigações a operação Madre II para prender 27 pessoas acusadas de associação para o tráfico de drogas. A organização criminosa atua nas comunidades de Parada Angélica, Santa Lúcia e adjacências. A operação começou na quarta (24), pela manhã, em Duque de Caxias.

Uma das mais ricas e populosas da Baixada Fluminense, com passagem de rodovias federais e saída para a Baía de Guanabara, Caxias apresenta altos índices de criminalidade e se tornou conhecida no mundo do crime por sediar as atividades de Fernandinho Beira-Mar, do Comando Vermelho, um dos únicos traficantes brasileiros a estabelecer laços com os barões internacionais da droga, como os cartéis colombianos, mexicanos e americanos.

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