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Milícia de Rio das Pedras mata por motivo fútil

Vítima espirrou água em um parente de miliciano e foi executada

Por Mario Hugo Monken em 25/07/2019 às 18:48:16

Polícia do Rio caça ao menos três milicianos que atuam na comunidade Rio das Pedras. Foto: Reprodução

A polícia do Rio caça ao menos três milicianos que atuam na comunidade Rio das Pedras, em Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio. Eles têm recompensas pedidas pelo Disque Denúncia.

Um deles é Fabiano Cordeiro Ferreira, o Mágico, que é apontado como participante em diversos homicídios. Em março de 2009, ele foi indiciado de matar quatro pessoas na comunidade.

Uma das vítimas foi o entregador de farmácia Gutemberg Dias Barbosa. Ele estava lavando sua motocicleta quando deixou espirrar água em uma parente de miliciano. Segundo uma testemunha, o rapaz foi jurado de morte desde então e acabou sendo assassinado. Mágico e os PMs Maurício da Silva Costa, o Maurição, e Marcus Vinicius Reis dos Santos, conhecido como Fininho, são os principais suspeitos do crime.

Em 2013, Mágico convocou mais quatro comparsas, desta vez para matar Jefferson Nascimento. Participaram da execução, segundo a polícia, Antonio Carlos de Morais, o Caveirinha; o PM Cristiano Cleic Hygino e Ricardo Zacarias Cristino. Jefferson foi morto porque seria dependente químico.


Mágico ainda foi investigado pela morte do comerciante Adeildo Alves da Cunha. A execução seria o castigo imposto pela milícia, que decidiu punir a vítima por causa de um empréstimo não pago.

Em 2018 saiu em liberdade após cumprir sentença. A recompensa por sua captura é de R$ 1 mil.  Ele é braço armado, espécie de soldado da organização criminosa, agindo sob os comandos da liderança em ações armadas, sobretudo, na prática de homicídios e cobrança de taxas aos moradores e comerciantes das localidades dominadas.

Outro caçado é o ex-capitão do Batalhão de Operações Especiais (Bope), Adriano Magalhães da Nóbrega, de 42 anos, que é hoje um dos homens mais procurados do estado.

Foi numa guerra travada entre os herdeiros do bicheiro Waldomiro Paes Garcia, o Maninho, assassinado em 28 de setembro de 2004, que ele começou a se envolver com o crime organizado. De segurança de contraventor a matador de aluguel, virou, segundo investigadores, chefe do Escritório do Crime, grupo suspeito de participação em vários crimes no estado.

Investigações mostram que Adriano, procurado inclusive pela Interpol, teve ao longo dos anos uma vida dupla: por um lado, era denunciado por crimes como assassinatos e grilagem de terra; por outro, tinha forte atuação nas ruas como PM.

Um relatório da Subsecretaria de Inteligência e da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) mostra que, cinco anos antes de ser expulso da polícia, o ex-oficial apareceu na investigação de uma tentativa de assassinato. O documento, de outubro de 2011, cita um ataque ao pecuarista Rogério Mesquita, em 10 de maio de 2008. Vários tiros de fuzil e pistola foram disparados contra o carro da vítima, que estava com mulher e filhos em Cachoeira de Macacu.  A recompensa por ele é de R$ 1 mil.

Outro que tem recompensa pedida é Gerardo Alves Mascarenhas, o Pirata, que é suspeito de atuar como um dos seguranças da quadrilha e também é colocado como laranja em negócios do grupo. Responde a ao menos dois homicídios, um deles contra William Jhonnatan Silva Palheta, por ele ser supostamente envolvido com o tráfico de drogas. O Disque Denúncia oferece também gratificação de R$ 1 mil.

Quem tiver qualquer informação a respeito da localização dos procurados, deve denunciar pelos seguintes canais: Mesa de Atendimento do Disque-Denúncia (21) 2253-1177, pelo Whatsapp ou Telegram Portal dos Procurados (21) 98849-6099; pelo facebook/(inbox), endereço: https://www.facebook.com/procurados.org/,  ou pelo Aplicativo para celular o Disque Denúncia . O Anonimato é garantido.


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