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Motociclistas fazem passeata em Copacabana contra as mortes por linhas cortantes

Guarda Municipal participou do ato com 12 agentes, incentivando a campanha Cerol Mata

Por Leonardo Pimenta em 29/07/2019 às 21:53:53

ASCOM/GM-RIO

Um grupo de motociclistas e a Guarda Municipal do Rio de Janeiro (GM-RIO) realizaram, neste domingo (28), na Praia de Copacabana, um ato pelas vítimas de linhas cortantes no Rio. A manifestação faz parte da campanha Cerol Mata e contou com a participação de 12 guardas motociclistas e 250 motociclistas. Os manifestantes percorreram pacificamente a Av. Atlântica até o Posto 5, onde mil pipas pretas foram colocadas na areia da praia, simbolizando o luto pela morte das vítimas. No ato, a Banda da Guarda Municipal fez uma apresentação especial e cerca de 600 folhetos, informando sobre a proibição do uso de cerol e da linha chilena, foram distribuídos para frequentadores na orla da praia. A comandante da Guarda Municipal, inspetora geral Tatiana Mendes, esteve no ato e falou dos riscos que as linhas cortantes causam ao pedestre e a quem anda de moto.

"A Prefeitura do Rio abraçou essa campanha porque é muito importante chamarmos a atenção da população. Os pais devem ter cuidado com os filhos, que vão soltar pipa e, muitas vezes, não sabem que estão usando linhas com cerol. As crianças e os jovens precisam entender que esses materiais são muito perigosos e deixam sequelas nas pessoas, podendo causar a morte e acidentes seríssimos", disse a inspetora geral da GM-RIO, Tatiana Mendes.

O ato também teve a presença de parentes de algumas vítimas das linhas de cerol e chilena, como Kelly Cristina da Silva, mãe de Kevin da Silva, de 23 anos, que morreu ao ser atingido por uma linha chilena na Rodovia Presidente Dutra, quando ia para casa de moto. A mãe de Kevin falou da importância da ação e da luta, que dura há quatro anos, para proibir as linhas de pipa.

"Essa ação representa uma vitória para nós, que estamos lutando, há quatro anos, para acabar o uso das linhas cortantes. Ter o apoio da prefeitura hoje foi maravilhoso, muito gratificante se unirem a nós contra o uso do cerol e da linha chilena. As pipas podem ser soltas, mas sem linhas cortantes. Esperamos que as pessoas tenham mais consciência", relatou emocionada Kelly Cristina da Silva, mãe de Kevin.

O coordenador da campanha, Oleglier de Andrade, falou que a intenção é chamar a atenção da população para o uso de linhas que possam causar mortes ou danos e não proibir a pipa.

"Não somos contra soltar pipa, que tem todo um lado lúdico e é patrimônio da nossa cidade. Somos contra o uso de aditivos nas linhas de pipa, como o cerol e a linha chilena, que tem um enorme poder de corte e mata", afirmou Oleglier de Andrade, um dos coordenadores da campanha.

As leis estaduais nº 7.784 de 13/11/2017 e nº 8.478, de 19/07/2019, e uma municipal nº 1.834, de 18/04/2016, instituem a data de 14 de dezembro como o dia de conscientização da campanha Cerol Mata e proíbem o uso e comercialização do cerol e das linhas chilenas na cidade.

A linha chilena é composta de quartzo e óxido de alumínio e o cerol é uma mistura de pó de vidro com cola de madeira e são utilizados para cortar outras pipas. O perigo é que, como ambas as linhas são cortantes e elas cruzam o ar, motociclistas e pedestres podem se cortar ou até morrer, dependendo da forma que foram expostas.


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